Mascaradas nas poças

Mais um dia da semana com chuva, sol, nuvens e muita indecisão se o programa é arriscar e ir com elas andar de bicicleta, ou mais uma vez ficar em casa a fazer mil coisas que também gostam e até têm sabido bem.
Ontem de manhã foi dia de levar as mais velhas para fazer a primeira consulta de oftalmologia (foi so a Carlota que já devia ter ido e andávamos a adiar), enquanto a Caetana foi mais uma vez passar a manhã ao B-a baby (ela gosta cada vez mais de ir, aliás, volta e meia é mesmo ela que pede e hoje fez uma aranha medonha, porque a noite das bruxas está a chegar e vinha toda contente e orgulhosa com o seu trabalho). Levar as 3 ao mesmo tempo para certos sítios, começa a ser impensável, porque uma foge, todas gritam, e eu fico a morrer de vergonha das vezes que as tenho de chamar e das vezes que as tenho de repreender. Por isso, se há sítios que nos podem ajudar, há que aproveitar.

Elas andavam há dias a pedir para se mascararem de coisas de Halloween (esta é a geração que vibra, com abóboras, fantasmas, vampiros e zombies, coisa que no meu tempo nem se falava), por isso, esse foi o programa da tarde. Desta vez fiz-lhes a vontade. Já tinha comprado na H&M umas camisolas assustadoras, mas não de meter medo ao susto e umas orelhas de vampira, que não foi de todo o que elas esperavam usar. Mal mostrei, disse logo a Carlota:
– Mas oh mãe, isto não mete medo nenhum!!!! Qual é a graça? Nós queríamos era um daqueles fatos inteiros dos esqueletos (que por acaso até havia na H&M e eu quando olhei pensei que elas nunca iriam usar tal coisa). Valeu o pai, que ao telefone deu logo a ideia de ir à net ver pinturas assustadoras e horrorosas, para lhes fazer na cara, que com isso iam logo ficar muito mais contentes. E não é que ficaram?
Miúdas vestidas, pintadas e galochas calçadas para uma brincadeira, normalmente proibida, saltos nas poças, que hoje podem  pular e sujar-se à vontade, que dias não são dias e elas até se têm portado muito bem.