E Golias também caiu

14 Junho , 2015

Desde que nascem os nossos filhos que uma das  nossas grandes prioridades e atenções é ver e estar atentos para que nada de mal lhes aconteça. Quando digo algo de mal, não me refiro apenas a coisas físicas, pois muitas vezes o mal está também em acções, palavras e outras coisas que podemos não ver, não perceber mas que eles podem sentir e não conseguir transparecer ou deitar cá para fora. É por isso que uma das coisas mais importantes que espero conseguir ensinar às Cs. é que sejam sempre fieis aos seus princípios, que sejam fortes quando chegar a altura de tomar decisões, que peçam ajuda quando se sentirem a fraquejar (ninguém é de ferro e chorar faz bem) e que gostem mais delas do que de qualquer outra pessoa. Que se alguém não quiser a sua companhia, isso não é nada de grave porque há-de sempre haver quem goste mais e queira ser seu amigo.

No fundo, o que tentamos evitar é que os nossos filhos passem por situações que os façam sofrer. Era tão bom isso ser possível, mas como todos sabemos, não existem sempre dias cor de rosa, não existem só coisas boas, há dias menos bons, há dias que acordamos e pensamos que bom que era poder voltar a dormir, poder carregar num botão e tudo o que estamos a sentir de mau, pudesse desaparecer. Era bom, mas não é real e este fim de semana apesar de ter sido um grande fim de semana, de ter atingido mais uma meta (e na melhor companhia, mas sobre isso, conto tudo no próximo post) também fui atingida por um desses sentimentos que me fez querer chorar (coisa que já não acontecia há muito tempo, mas também qual o drama, Golias também caiu), porque alguém se “esqueceu” de me dizer que apesar de ser uma pessoa divertida, bem disposta e até querida pode haver quem não goste assim tanto de mim, quem não lhe apeteça ter a minha companhia… Foi nesta altura que me apeteceu ter o colo da mãe, os seus mimos e ouvir aquela frase da maneira que só as mães nos conseguem fazer acreditar:

– Adoro-te!
Isto tudo para dizer que antes de sermos mães também somos filhas, também temos momentos que nos apetece chorar, fraquejar e querer um colo ou um ombro para nos apoiarmos, que ainda precisamos de ouvir palavras de força.

Eles são pequeninos e frageis e precisam tanto de nós. Nós somos fortes e cheias de garra para os defender…mas há dias que também precisamos de protecção ou só mesmo atenção 
Foto tirada pela Catarina (Ties) ainda no hospital quando a Caetana nasceu (uma sessão linda que nunca vou esquecer)