Desde que nascem os nossos filhos que uma das nossas grandes prioridades e atenções é ver e estar atentos para que nada de mal lhes aconteça. Quando digo algo de mal, não me refiro apenas a coisas físicas, pois muitas vezes o mal está também em acções, palavras e outras coisas que podemos não ver, não perceber mas que eles podem sentir e não conseguir transparecer ou deitar cá para fora. É por isso que uma das coisas mais importantes que espero conseguir ensinar às Cs. é que sejam sempre fieis aos seus princípios, que sejam fortes quando chegar a altura de tomar decisões, que peçam ajuda quando se sentirem a fraquejar (ninguém é de ferro e chorar faz bem) e que gostem mais delas do que de qualquer outra pessoa. Que se alguém não quiser a sua companhia, isso não é nada de grave porque há-de sempre haver quem goste mais e queira ser seu amigo.
No fundo, o que tentamos evitar é que os nossos filhos passem por situações que os façam sofrer. Era tão bom isso ser possível, mas como todos sabemos, não existem sempre dias cor de rosa, não existem só coisas boas, há dias menos bons, há dias que acordamos e pensamos que bom que era poder voltar a dormir, poder carregar num botão e tudo o que estamos a sentir de mau, pudesse desaparecer. Era bom, mas não é real e este fim de semana apesar de ter sido um grande fim de semana, de ter atingido mais uma meta (e na melhor companhia, mas sobre isso, conto tudo no próximo post) também fui atingida por um desses sentimentos que me fez querer chorar (coisa que já não acontecia há muito tempo, mas também qual o drama, Golias também caiu), porque alguém se “esqueceu” de me dizer que apesar de ser uma pessoa divertida, bem disposta e até querida pode haver quem não goste assim tanto de mim, quem não lhe apeteça ter a minha companhia… Foi nesta altura que me apeteceu ter o colo da mãe, os seus mimos e ouvir aquela frase da maneira que só as mães nos conseguem fazer acreditar:
Isto tudo para dizer que antes de sermos mães também somos filhas, também temos momentos que nos apetece chorar, fraquejar e querer um colo ou um ombro para nos apoiarmos, que ainda precisamos de ouvir palavras de força.
Eles são pequeninos e frageis e precisam tanto de nós. Nós somos fortes e cheias de garra para os defender…mas há dias que também precisamos de protecção ou só mesmo atenção
Foto tirada pela Catarina (
Ties) ainda no hospital quando a Caetana nasceu (uma sessão linda que nunca vou esquecer)
Ana, sensibilizou-me muito o post de hoje. O nosso maior sofrimento como mães é o sofrimento seja físico ou mental dos filhos, e isso começa no dia do nascimento deles, e nunca mais acaba, penso que só acaba, quando da nossa partida. Temos todo o direito de fraquejar de precisar de colo, infelizmente não podemos agradar a todos, mas antes de tudo temos que nos amar, e quem não gosta, eu na minha caminhada já aprendi (não quer dizer que não custa) a colocar no canto. Tudo o que coloco no canto não interessa, e é desnecessário. Preciso tanto por vezes de ouvir: filha, está tudo bem, gosto de ti, mas infelizmente já não oiço. Sou órfã. Dói, quando partiu o meu pai (2008) senti-me perdida, mas tive que me agarrar, tinha que continuar com a doença da minha mãe. 2011, partiu a minha mãe, senti-me só, senti-me e sinto-me órfã. Já não tenho o colo que tantas vezes preciso. Ana peço desculpas do desabafo. Receba um abraço de enorme carinho.
I.M.
Olá Ana! Sigo-a diariamente e nunca fiz qq comentário, vejo-a às vezes a tomar o pa na PP mas nunca fui ter consigo, vergonha talvez….já passei por isso e realmente incomoda, mas pense q isso é uma minoria. Peça colo à sua Mãe! Infelizmente, à muito pouco consegui perceber, pela maneira mais triste (perdi os meus Pais no espaço de 3 meses) aqueles q realmente quero q estejam comigo. Mas são menos do q alguma vez pensei, mas tb houve outros q se revelaram?. Gosto de si, aprecio a sua maneira de estar na vida, apesar da minha tristeza é de pessoas assim que quero estar rodeada! Tb tenho 3 filhos que são o meu orgulho! Mas passo muito tempo só, c eles, o meu marido viaja muito?. Beijo no ❤️
Ana não ligue às pessoas bafientas e negativas que acabam por cruzar a nossa vida. Continue alegre com as suas filhas e restante família!!! A maior parte dos "negativos" morre de inveja de nós!! Coragem que amanhã será outro dia com novos desafios. O seu blog é uma lufada de ar fresco na blogosfera de mamãs "artificiais" e na minha opinião muito pouco reais!!! Felicidades na vida e no blog
Isso é porque ainda não explorou a blogosfera! Gosto imenso de passar por aqui diariamente, admiro a boa onda da Ana mas também não perco os blogs de outras mães igualmente reais: Entre Biberons e Batons, Socorro Sou Mãe, Angel Luzinha, Café Canela e Chocolate, Mums The Boss e Cocó na Fralda. Todos eles admiráveis e escritos por mães com M maiúsculo! A Ana não é a única mãe real (felizmente!!). Aliás, há mais mães reais do que artificias na blogosfera. Artificial, na verdadeira acepção da palavra, só há uma que já ninguém aguenta com tanto kit e artificialismo.
Há pessoas que não merecem a nossa companhia, acredite nisso Ana! Tudo de bom
Ana ,
A vida é assim umas vezes em cima outra em baixo ….mas é uma bola que esta sempre a girar
e uma coisa boa no meio de todos estes sentimentos ….é que pode ir ao colinho da Mãe …….
somo Mães sim mas também somos filhas e de vez em quando sabe bem ter um colinho por isso
aproveite e dê um saltinho para um abraço apertadinho como só as mães sabem dar <3 <3
um beijinho grande
Raquel
só para enviar um abraço apertado, com cheirinho de colo : )
É verdade, também precisamos que cuidem de nós!
Eu perdi a minha mãe há três anos e sinto muito a falta dela, o que faz com que esses momentos de fraqueza ainda sejam mais tristes, porque não a tenho comigo.
Um beijo Joana