Quando a felicidade dá lugar ao sofrimento

10 Março , 2016
Quando a Carlota nasceu correu tudo tão bem que a vontade de voltar a ser mãe foi logo enorme. Ao fim dela ter 1 ano começámos a pensar em voltar a ser pais e a minha vontade era tanta que bloqueei e fiquei completamente paranoica e obcecada com isso. Todos os meses era um stress quando chegava aquela altura do mês que todas nós mulheres sabemos que, ou dá positivo ou a cara de desilusão e angústia apodera-se de nós. Foi um ano horrível. Cheguei a falar com o meu médico e a fazer aquela pergunta patética de:
– Será que fiquei estéril?
O meu médico cheio de paciência lá me respondia para relaxar e deixar as coisas acontecerem naturalmente, já era mãe e tinha sorte por isso. 
Ao fim de 1 ano e meio fiquei grávida e soube no primeiro dia que pudemos saber. Fiquei eufórica. Aliás, ficámos os dois e mais meio mundo a quem contei logo. Estava doida de felicidade, mas ao mesmo tempo sentia-me a super mulher e se na primeira achava que era uma princesa e não fazia nada nos 3 primeiros meses, na segunda fiz tudo e mais alguma coisa. 
Não chegaram a passar 3 semanas para alguma coisa não ter corrido bem. Comecei a sangrar e percebi que alguma coisa má se estava a passar. Fui ao hospital e lá mal conseguiram confirmar que tinha estado gravida. Tinha abortado.
Chorei, chorei, chorei e fiquei tão triste como nunca. Senti-me infeliz e vazia, mesmo tendo mais uma filha amorosa que não me largava e nem percebia o que se estava a passar.

Fui ao meu médico no dia seguinte e o que ouvi foi uma grande verdade que quero partilhar para que outras mulheres e amigas na mesma situação não se sintam tristes.
Há tantas, mas tantas gravidezes que não vão para a frente logo no início e mais de metade nem imagina ou percebe que chegou a estar grávida. Mulheres como eu que querem muito, muito, muito sabem porque fazem logo o teste, as outras pensam que foi o período que chegou mais tarde.
 Se não foi para a frente foi porque não tinha de ser. Não foi porque fizemos nada de mal, não foi porque fizemos alguma coisa que não devíamos fazer, é a natureza a falar e o corpo a defender-se. 
Ao fim de dois meses tudo está ok e podemos voltar a engravidar. No meu caso foi exactamente assim, ao fim de 2 meses estava de novo grávida e nasceu a Conchinha, a nossa Conchinha querida.
A Caetana essa chegou 1 ano e meio depois da Concha, sem ter sido planeada nem esperada, sem aquele stress naquela altura do mês. 
Eu sei que falar é fácil, porque já passei por isso, mas relaxar e não estar stressada torna tudo tão mais fácil…

Este post foi escrito para uma pessoa muito especial com muito amor e carinho mas que poderá servir para muitas de vocês também…

Love you 
A Caetana numa sessão muito especial para a Catarina Beato e o seu Loove ❤︎
Um grande e enorme beijinho para quem tenta todos os meses e ainda não conseguiu ser mãe, a vocês digo que são Grandes e Corajosas Mulheres!
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