Help…
Somos nós pais que estamos a perder poder, ou são os miúdos e as crianças de hoje que estão cada vez com menos valores??? E não falo dos filhos dos outros, falo e faço esta pergunta a mim mesma, aproveitando para perceber se em vossas casas sentem igual.
Ainda no fim de semana fizemos de tudo para proporcionar dois dias especiais e um dia depois (depois de vários elogios à sua maneira de ser), apanho um baque com várias atitudes da Carlota que me deixaram muito triste.
O pior é que neste momento já nem os castigos estão a resultar. O revirar de olhos e encolher de ombros é tal quando os dou, que não sei o que fazer mais. Não sou capaz de cruzar os braços e ignorar maus comportamentos e faltas de educação, mas verdade é que mesmo não querendo não sei hoje em dia qual a atitude a tomar perante tanta força que estas miúdas parecem ter.
Quando apanhava um castigo chorava horas arrependida e fazia de tudo para a minha mãe perdoar. Elas conseguem fazer o contrário, ficam com uma indiferença enorme e pouco ou nada raladas do castigo que acabaram de apanhar. Não pensem que são brandos ou que sou das que acaba por ceder, já não foram a festas e anos, já ficaram em casa sem irem ao programa que estava planeado, ficam sem ver televisão e sem jogar tablet e até para a cama sem jantar já foram. E resultou? Conclusão: não, nem um bocadinho ou talvez uma ou outra vez, mas poucas dadas as tantas repetições que aconteceram depois disso :(
Onde estou eu a errar? Não pensem que não falo e explico o triste que fico quando se portam mal, porque apesar de castigar também acho importante a conversa e o entendimento…só que também isto parece pouco ou nada resultar.
Help…
Ps –Esta fotografia apareceu-me hoje no Fb…uma boa recordação tirada pela Catarina do Ties, numa altura que eram tão mais fáceis de educar…
♥
Cacomae no Instagram @anadominguezlemos
Oh Ana, a fase da pre adolescência é tão complicada, mas com calma e algum bom senso conseguimos ultrapassa-la! A M já passou por isso e agora vejo o resultado positivo das escolhas que fazemos, mas com a C, com 11 anos, está a ser mais difícil, porque é completamente diferente da irmã, mas nada que não se ultrapasse. Vai com calma (sei que é difícil e temos dias que só apetece desaparecer) e tudo passa. Bjs
Ana, deparo-me com o mesmo e revejo-me em muitas situações como a Ana e sou mãe de 3 rapazes, cheios de vida e genica. Ainda estes dias estava a pensar e a comentar o mesmo, e o quanto não é fácil, e que diferente e ousada é esta geração. Também falam demais, argumentam demais, alto demais e não ouvem, o que me põe louca. O que me alegra é, que fora de casa, todos me dizem ser bem educados e embora traquinas, muito queridos, por isso alguma coisa lá fica. Enfim…
Sou mãe de uma adolescente de 15 anos e considero que até nem tem sido dramática esta fase! Mas acredito que tenha a ver com a sua maneira de ser. Sempre foi uma criança calma, ainda que com uma personalidade bem forte e sempre escutou as razões de quando lhe dizíamos que não. Ainda hoje é assim! Muita conversa!
Depois há mais dois filhos, um com quase 4 anos e outra com 2 anos e meio. Sugam-nos a energia, que temos que gerir para não faltarmos à adolescente. Com os pequenos não sabemos como vai ser a adolescência, mas creio que não vai ser tão calma como foi/ tem sido com a irmã. São feitios diferentes, que desde muito se revelam.
Penso que não hajam receitas infalíveis para lidar com os adolescentes. O que para nós funciona, para outras famílias não resultará de certeza!
Calma e Fé! Porque educação não lhes falta e amor da vossa parte (pais) também não! E isso fica sempre e para sempre, ainda que hajam revirar de olhos nesta fase!
Beijinhos
Querida, castigos, consequência, resultam. O meu filho ficava sempre indiferente em qualquer castigo, semanas sem telemóvel e Ps4 , hoje com 13 anos está muito mais calmo, ainda temos um longo caminho a percorrer. Vocês pais tem de estar os dois em sintonia, e não é não. Com o tempo vais ver que valeu a pena, e tens mais duas em casa… por isso não desistas e manter sempre a calma, é fundamental. Beijinhos
Revejo me em tudo . E só tenho uma menina de 7 anos , mas os comportamentos são idênticos, às vezes só me apetece desaparecer .
Vamos vivendo 1 dia de cada vez e tentar fazer o nosso melhor .
Por vezes basta apenas lembrar-mo-nos dos disparates e revirar de olhos que também fizemos, para percebermos que é normal. Normal mas motivo para uma boa conversa a sós e um ralhete. O tempo e a persistência na transmissão dos valores leva a bom porto.
Ana sim é preciso ter muita paciência. Tenho dois pré adolescentes em casa, com 13 e 11 anos e uma bebé quase a fazer 2. Assim além dos encolher de ombros e revirar de olhos também tenho as birrar próprias dos 2 anos… E muito divertido 🤣🤣. Há dias em que me ouço e penso que estou a ser uma chata mas cá em casa regras são regras e são para cumprir nem que tenham de ser repetidas 20 vezes. Aprendi também a não comprar algumas guerras e dentro do bom senso deixa os gozar de alguma autonomia e liberdade de decisão – para se tornarem mais reaponsaveis. Nesta fase isso é importante. Claro que depende da paciência de cada dia… Uns dias correm melhor que outros. Mas tambem vejo como se comportam com os outros, como são educados dentro e fora de casa, como demonstram em muitas coisas ser já bastante responsáveis, e vejo em pequenas coisas e comportamentos como instintivamente vão pondo em prática o que lhes temos vindo a incutir ao longo dos anos…. Paro para respirar e penso.. Nem tudo está perdido 🤣🤣
Percebo perfeitamente o que diz…eu sou mãe de 3 raparigas: de 34, 31 e 12 anos…as mais velhas nunca ousaram fazer um quarto do que a mais nova faz!! até elas comentam comigo!! e se há coisa que me tira do sério é o revirar de olhos e encolher dos ombros e tal como diz, a indiferença e falta de arrependimento!!
E a mãe é a mesma (um bocadinho mais velha, é verdade)…mas com a mesma falta de tolerância para estes comportamentos…Não consigo fingir que não acontecem!!
Mas sim, também acho que esta geração começa bem mais cedo a sua pré adolescência, com tudo o que isso tem de bom e menos bom!!!
Mas acredite que daqui a uns anos, quando elas já forem adultas, ainda se vão rir destas histórias e como acontece com as minhas filhas mais velhas, às vezes, nem acreditam que foram capazes de alguns comportamentos!! :)
Até lá, muita paciência e não se deixe ir abaixo, porque são comportamentos de conflitos de gerações…faz parte!!
Por aqui 3 rapazes: 13, 10 e 2 anos.
Regras e regras e mais regras, somos uns melgas e uns chatos de serviço. Quando não cumprem há castigos aos quais não cedemos por mais que pareça que nos custe mais a nós. Muita conversa e explicações dos porquês de tudo.
Amor incondicional verbalizado e demonstrado, mas sem quebrar no que consideramos fundamental para crescerem com estrutura e como boas pessoas.
Não há receitas perfeitas, esta é a nossa forma e funciona por aqui … até ver 😊 porque eles são todos diferentes e estão sempre em mudança.
A minha está a dias de fazer 10 anos. Tem um temperamento muito dócil e é uma boa menina mas é muito cabeça no ar o que me leva às vezes (na grande maioria) a ter que lhe pedir várias vezes para fazer as tarefas ou qualquer coisa que seja. Há dias chamei por ela pela quinta vez e, ela chega ao pé de mim a bater com o pé, a bufar e diz revirando os olhos “o que é que foi?” eu fiquei incrédula a olhar para ela mas o meu marido que é um paz de alma e nunca lhe levanta a voz passou-se completamente.
Ela começou a chorar agarrou se a mim a pedir desculpa. O meu marido nem jantou de tão mal que ficou a sentir-se por lhe ter ralha do daquela forma ☹️ não estou muito contente pela chegada da adolescência.
Uma das coisas que tento (e falho muitas vezes) implementar e consequencias em vez de castigos: e tendencialmente, consequencias naturais. Exemplo: “se nao acabares o jantar, nao ves televisao” – isto e um castigo; a consequencia natural e “ficas com fome, porque eu nao te vou dar outras coisas para substituir o que tu nao quiseste comer”‘ se nao fores para a cama, amanha nao vamos poder ir passear porque vais estar demasiado cansado.
Nem todos os comportamentos que nos queremos corrigir tem uma consequencia natural, mas os castigos raras vezes tem influencia em comportamentos futuros.
A teoria das consequencas naturais tambem ajuda os pais a ver o que e importante e o que nao e, ou seja, se nao ha consequencia natural, sera que e mesmo importante corrigir esse comportamento?
Otimo comentario. Concordo e implemento qd necessario! Tb n acredito em castigos q nada têm q ver o comportamento a corrigir. Deixo outra dica: perceber o que tras por teas do comportamento e “tratar” essa necessidade em vez de querer corrigir o comportamento. Um bocadinho como tratar a “doença” em vez dos sintomas.