Consegui! Finalmente sei andar de bicicleta

Um dos objectivos que tinha para este mês de Setembro, um dos que achei demorar bem mais tempo, já foi atingido. Ao fim de 40 anos consegui finalmente andar de bicicleta. CONSEGUI. Verdade. Muito graças à enorme surpresa do H. que hoje, depois de lhe ter mandado, a brincar, uma fotografia, da bicicleta dos meus sonhos, chegou a casa com uma para mim. Não me deu a que amo e me imaginava a andar (culpa do filme Comer, Orar e Amar, e da brasa da Julia Roberts, que pedalava numa, num dos sítios que guardarei para sempre no meu coração, Bali), mas a minha nova bicicleta tem as letras do azul que queria, é branca e tem um banco e rodas castanhas. É giríssima e eu não queria acreditar quando vi a surpresa que me fizeram o H. e a C. grande, que passaram a tarde a procurá-la e a  pensar na forma como me iam dar.

A C. grande estava ainda mais entusiasmada do que eu. Aliás, ela estava tão convencida que eu ia conseguir andar logo, que acho que foi o grande empurrão para me convencer que não podia fazer figuras tristes, mas principalmente, que não podia desapontá-la.

Como é óbvio, eu já tentei há muitos anos andar de bicicleta e o meu grande problema, o que ainda tenho de ultrapassar mesmo já tendo conseguido andar, é o equilíbrio e a coordenação. Basta ver pessoas, ou aparecer uma parte de caminho mais estreita, com um pilarete ou outro obstáculo que a minha cabeça começa logo a fazer filmes e novelas tão elaboradas, que me espeto no mesmo segundo.

O H. escolheu um sítio bem largo, com muito poucas pessoas e com bastante largura para me habituar. A bicicleta ajudou de tão confortável que é e depois de uns “ss” e uns saiam da frente, lá me habituei a travar, lá consegui pôr os pés no chão sem sair cambalhota, usei umas três vezes as mudanças e se fui contra um muro, foi apenas uma vez, pois a cara que a Carlota fez foi tão:
– Mas o que é isso???? Tá parva, ou quê? Não viu o muro????  Controlei todas as outras vezes, para não me sentir ridícula mais nenhuma vez, até porque não foi só a cara da C. grande que me fez sentir ridícula, a do H. nem queiram imaginar, só faltou perguntar se eu precisava de óculos.
Pedi o registo fotográfico ao H, esta aventura vou ter de guardar para contar e mostrar aos meus netos. Aos 40 aprendi a andar de bicicleta com a minha filha mais velha, que quase me obrigou a usar o “cacepete” (capacete) dela.
Um final de tarde que acabou já noite, pois eu não queria parar de andar, com direito a flores, muitos beijinhos e muitos “Viva a mãe”. Melhor? Impossível…

Porque nunca é tarde para aprender, vejam que pro já estou.

Obrigada C. e H. vocês foram uns óptimos professores.

ps – Completamente apaixonada pelos Weavings que a Rita faz. Tenho andado a preparar o nosso quarto, com cores e acessórios que achei giros para combinar com o que lhe encomendei.
Love is all around…
Gostam?