O teste
Por aqui andamos com uma missão, que até à data está a ser impossível. Se o ano passado a Carlota chegava a casa à sexta feira (ela só traz trabalhos de casa para o fim de semana) e a primeira coisa que queria fazer e terminar eram os trabalhos de casa, agora está até à última a adiar para os fazer. Mudou da noite para o dia!!
Já tem testes e estudar é um martírio. Faz sempre cara feia e mesmo tentando explicar que só com boa vontade e algum esforço conseguirá ter boas notas, ela quer estudar a bem. Peço para ler umas vezes e tentar perceber para lhe fazer perguntas depois, mas revira os olhos, finge que lê e depois… e depois as respostas são erradas, claro! Peço para voltar a estudar outra vez e amua.
Não sou a pessoa mais paciente e provavelmente a estratégia está errada, mas acreditam que hoje preferiu ir para a cama sem saber e com teste amanhã? Eu era incapaz de fazer isso, morria só de imaginar que não iria saber responder no teste, mas ela adormeceu em três minutos e deixou-me aqui a pensar como devo actuar!!!
Desta vez não vou insistir e vou deixá-la ver o resultado por ela. Por vezes ao perceberem “sozinhos” o erro que fizeram, resulta melhor do que mil palavras, castigos ou caras feias (se bem que eu fiz e não foram poucas).
Boa sorte Carlota!
Camisola amorosa, da nova colecção, da Me and my Piki
♥
Tenho o mesmo problema com a minha mais velha. Não gosta de estudar fico uma pilha de nervos e ela fica na boa. Se deixasse fazer como ela quer infelizmente quase tenho a certeza que iria chumbar. Não é que não saiba é só porque o pensamento dela está sempre noutro sítio. Ou na rua ou no Fds que passou ou num boneco que viu na TV tudo é pretexto para a escola não lhe interessar. É preciso paciência muita paciência e perseverança porque somos os que não podem baixar os braços. Forca ❤
Já pensou noutro método escolar ? Movimento escola moderna por exemplo ? Os miúdos não são todos iguais … sugiro que faça uma pesquisa sobre este movimento . Um beijo
Boa ideia! A metodologia que estão a usar com a Carlota não esta a resultar! E é isso que ela gostaria de vos fazer perceber se soubesse como.
Boa sorte!
Ana,
Nunca lhe escrevi, mas desta vez não resisto.
Tenho um filho que fez 5 anos em dezembro. Tomámos a decisão de o Martim para o próximo ano lectivo ficar novamente na sala dos 5. E, dada esta decisão, decidimos que mudaria de colégio. E para um colégio que aplique o movimento da escola moderna. De há um ano a esta parte tenho-me informado bastante sobre metodologias de ensino, uma vez que não concordo com o actual ensino em Portugal. Seleccionei 3 colégios em Lisboa mais próximos de casa e hoje tive a primeira reunião. Digo-lhe que meu marido estava céptico e saiu de lá maravilhado e a dizer que era o certo para o Martim. E se eu já estava convencida e convicta, neste momento ainda estou mais convencida que tomámos a decisão certa.
Temos de saber ouvir os nossos filhos e os sinais que nos transmitem. E cá em Martim o Martim transmitiu-nos muito quer por palavras quer por demonstrar desinteresse pela escola,.
Beijinho
Olá Alexandra.
Comecei agora a ler sobre o movimento. Pode indicar-me as suas fontes, sff? E já agora, quais foram as vossas escolas de eleição?
Muito obrigada!
Olá Catarina,
As minhas fontes foram muita pesquisa na internet e tenho alguns amigos que colocaram os filhos em escolas com projectos pedagógicos alternativos e é contagiante ouvi-los a falar.
Escolhemos escolas que ficam entre o meu trajecto de casa para o trabalho. Da minha experiência, sugiro começar à procura com tempo. Maior parte destas escolas estão sem vagas, há muita procura e apostam também em não terem muitas salas.
Escolhi o Pestalozzi (não tem vagas), o piloto diese (não tem vagas), o Sá de Miranda e o Saint Daniel Brottier. Estes últimos 2 têm vagas.
São colégios pequenos e confesso que nas visitas fiquei receosa com os espaços exteriors.
(O meu filho anda num colégio que tem uma quinta pedagógica, tem 4 parques infantis, 2 cobertos e 2 descobertos com baloiços, escorregas, paredes de escalada, casas, …, 2 piscinas (a natação é actividade curricular e é feita em horário lectivo), jardim onde lancham na primavera e no verão. Em termos de infraestruturas para as crianças têm excelentes espaços, mas não me revejo no projecto educativo. Para ter uma noção, o meu filho na sala dos 5 anos, ao fim de 2 semanas de escola, trouxe trabalho para casa num fim de semana!!! Claro que não estava nem aí e não me disse. Na segunda-feira chego a casa às 20h e ele diz-me que tem de fazer o trabalho que não tinha feito no fim de semana. Àquela hora, era hora de jantar e a seguir cama. De todo, era hora de ir fazer trabalhos de casa, muito menos uma criança de 4 anos. Não fez o trabalho e assumi a responsabilidade na escola.)
Depois das visitas, tivemos as reuniões e esquecemos tudo o resto, porque temos a certeza que é o melhor método pedagógico. Vale a pena ouvir os directores pedagógicos e educadores destas escolas, é contagiante a forma como falam das crianças e as diferenças do método pedagógico são abismais.
Ao nível de espaço, destes 4, o melhor é o Saint Daniel Brottier e tem a grande vantagem que em 2017/2018 vão abrir o 2º ciclo. As outras só têm até ao 1º ciclo.
https://www.facebook.com/groups/184070022018911/
Espero ter ajudado.
Boa noite Alexandra,
Qual foi o colégio que visitou que aplica o movimento da escola moderna?
Muito Obrigada
Olá Magda,
Veja a resposta que dei à Catarina.
Bem por aqui infelizmente não há escolas modernas nem grandes alternativas ao ensino público, por isso cá andamos alguns anos com os mesmos ensinos de quando eu frequentava a mesma escola que a minha filha… Tb tive alguns problemas desses mas, já que mudar de escola não é opção, mudamos algumas coisas… em mim principalmente… Mais paciência, muito menos pressão, deixo sempre que se divirta um pouco antes de começar…Passei a estar com ela enquanto estuda, ao lado mesmo, e em vez de ler eu faço um teste com a matéria para ela fazer, as perguntas que não sabe responde de novo… No final explica a matéria como se fosse a professora (a mim, ao pai, ao irmão, aos gatos, às bonecas, às arvores)… Hoje é aluna de mérito e agora que já está no 5° faz ainda lhe faço as perguntas mas ela é responsável pelo tempo dela…responde às perguntas, explica e só me pede ajuda se tiver alguma dúvida…foi muito difícil para mim controlar os meus impulsos mas ficamos as duas a ganhar… Bjinhos
Acho que faz parte essa fase, de frustração, porque as vezes mesmo estudando não se chega aos resultados que se quer. Ela deve estar a sentir que mesmo com esforço não é capaz. Já tentou perceber se aconteceu alguma coisa na escola? Um comentário menos simpático de um colega ou mesmo da professora? Dá-me com ela. Dê lhe tempo. Encoraje a. Acho que tomou a decisão acertada. Ela vai sentir na pele o caro que lhe saiu não estudar. Ou então não. Eu teria uma conversa de Mãe para filha. Só as duas. Imagino que já o tema feito… Boa sorte.
Boa noite, Ana. Cá em casa, a Constança é mais velha um ano que a Carlota e também ela sempre demonstrou muito interesse pela escola, desde línguas a ciências. Aliás, também frequenta um Colégio onde o Português não é a língua principal (neste caso é o Francês) daí até achar que estamos em posições muito semelhantes. Iniciou muito bem o 3º ano, mas este 2º período tem custado (muito) mais. Mostra desinteresse e estudar passou a ser um sinónimo de obrigação. Não tive a mesma “coragem” da Ana e não consegui deixá-la ir sem saber nada para um teste. Recorri, então, à Internet onde métodos de estudo e sugestões de aprendizagem não faltam! Faça uma pesquisa. Sinceramente, penso que conversas não vão a lado nenhum. Nestas idades é difícil que nos digam o porquê, até porque muitas vezes nem elas sabem ao certo a razão. É uma fase, é “normal”.
Algumas sugestões que li e apliquei com a Constança foram:
– Motivar o estudo. Demonstrar que o estudo vai muito mais para além da escola e dos testes. Mostrar-lhes o quão bom é apreender novas coisas e tornarmos-nos mais cultos;
– Aproveitar a Internet (afinal, esta ferramenta não tem só pontos negativos) e estudar com elas através de jogos interativos e adequados à matéria, assim como o visionamento de vídeos;
– Aplicar a situações do dia-a-dia. Pedir para procurar uma frase exclamativa numa revista ou fazer operações com os vegetais do jantar, em vez dos números “chatos” e os textos longos dos livros;
– Estar a par dos resultados dos restantes alunos. Mostrar interesse sobre a turma, as avaliações, os professores, etc.
– Recompensar as boas notas com algo que acabe por ser vantajoso, como uma ida ao Museu, uma visita à Biblioteca, um livro novo…algo que realmente contribua para o desenvolvimento e aprendizagem, mas que não esteja envolvido com dinheiro, brinquedos, guloseimas, etc.
Bom dia Ana,
Deixe-me que lhe faça apenas uma pergunta. Qual é a criança da idade da Carlota que ao fim de não sei quantas horas de escola têm paciência para chegar a casa ou mesmo ao fim de semana têm paciência para estudar ou fazer trabalhos de casa ? Parem de fazer das nossas crianças “Cavalos de salto” a que se mete as esporas quando eles não respondem da maneira que nós queremos.
Deixe ela ir por ela.
Eu nunca estudei praticamente. E, sinceramente, sou um pouco “contra” os marroes, pois acho que têm uma inteligência adulterada, assim como os conhecimentos são manipulados por muito, muito estudo.
Ainda hoje estudo nas vésperas das frequências para a maioria das cadeiras e… Já estou no 2° ano de universidade pública com média razoável (13), adoro o meu curso (marketing e comunicação empresarial) e tenho disciplinas de matemática, métodos quantitativos, contabilidade (esta é difícil), informática de gestão, economia, etc e para já só contabilidade está pendente da nota que tive no exame (já estou a meio do curso).
Os meus pais nunca me obrigaram a ser a melhor, a ter de ser médica, engenheira nem nada disso. Sempre me disseram “tu vais ser aquilo que tu quiseres”, diziam isto até quando eu não estudava nada no secundário.
Não ande atrás da Carlota é escusado, sinceramente… Na minha família desde os meus bisavós professores até primos são vários os que são professores e nunca vi nenhuns preocupados em “meter-se” porque o filho ou filha ou sobrinhos não estudam, a seu tempo cada criança perceberá o que quer ser, além de que já na primária se consegue ver onde cada um chegará mais tarde.
Beijinhos e felicidades
Olá Ana, eu estou exatamente com o mesmo problema com a minha filha que também está no 2º ano… Já naõ sei o que fazer e o que é certo é que as notas não estão mesmo nada famosas… é desesperante.. Já gritei, já fiz caras feias, também, até já ameacei em tirar-lhe coisas que gosta… :( nada resultou e por isso agora simplesmente falo com ela, tento explicar-lhe que é para ela e só por ela que tem que fazer esse esforço. Enfim, seja o que Deus quiser porque quanto a nós mães, apenas queremos que sejam felizes!
Olá Ana, tenho 3 filhas (32, 28 e 10 anos)! como vê, idades completamente diferentes, e o que lhe posso dizer da minha experiência, é que como não temos duas filhas iguais, o método que adotamos também não deve ser igual para todas. com a minha filha de 10 anos, que entrou este ano para o 5º ano num novo colégio, completamente diferente do que andou até ao 4º ano, adotei um método que foi: ela estuda, lê a matéria, por ela e depois brincamos às professoras!! tenho um quado do IKEA, com rolo de papel e revejo a matéria com ela a brincar ás escolas. umas vezes faço esquemas e vou perguntado a matéria, outras vezes pergunta-me ela e passo a aluna!! ela acha graça e nem se apercebe do quanto evolui no método de estudo, porque fáz esquemas da matéria, resumos etc. se me perguntar se todos os dias tenho a mesma paciência para isto, claro que não, mas percebi que funciona melhor assim. os resultados do 1º periodo foram bons (4 e 5). a semana passada estava cansada e não se esforço o mesmo para o teste de ciência e pela 1ª vez eu disse-lhe que como não demonstrava interesse, não estudava com ela…ontemtrouxe o resultado que passou de 16 para 12!! resumindo: reconheceu que não pode mesmo relaxar e depois de não querer falar sequer no assunto, veio ter comigo e disse: mãe, no próximo teste tenho que ter no mínimo 16 para não baixar a nota!!ou seja, ela teve de passar por isto para perceber o que tinha de melhorar! mas não desesperem mães, a minha filha mais velha sempre foi aluna exemplar, tirou o curso que quis na Univ.Nova, trabalha na empresa com que sempre sonhou…a do meio, foi um desespero…horas de estudo a olhar para o lado, a desafiar-me até à exaustão etc. etc. e qaundo chegou ao 10º ano disse-lhe: agora acabou… ajudo no que for preciso mas não quero mais este inferno!! resumindo: nunca mais estudei com ela a não ser quando me pedia, fez o secundário sem ajuda, entrou para a faculdade que auis, tirou o curso de seguida e hoje é uma óptima profissional :) por isso não desesperem que com a idade das v/filhas, isto são sinais mas não quer dizer que depois não mudem! não crescem é todos ao mesmo ritmo! Boa sorte and KEPP KALM