Um erro de Natal
Este ano, pela primeira vez, trouxe uma revista cheia de brinquedos para cada uma poder assinalar os que mais gostava de receber. Normalmente pergunto, elas dizem e eu escolho 3 que enviamos ao Pai Natal. Apesar da Carlota saber que não é o Pai Natal que dá os presentes, as outras duas pensam e fazem tudo certinho para ele receber os seus pedidos.
Não imaginam a quantidade de cruzes que a Caetana e a Concha fizeram! Só um camião grande para trazer tudo…Um exagero que ainda não compreendem. Mesmo assim disse-lhes que de TODOS os que escolheram, só iriam receber um. Cada menino só recebe uma coisa, porque o Pai Natal tem todo um mundo de meninos para distribuir presentes. Perceberam (disseram elas), mas cá entre nós, ou se esquecem desta revista rapidamente (já desapareci com elas), ou no dia vão achar pouco só um dos mil que marcaram e pediram. Tenho quase a certeza!!!
Sinceramente acho que não volto a repetir. Gosto mais da forma antiga, gosto que vejam na televisão os muitos anúncios e de vez em quando me chamem a dizer que acham giro e gostavam de ter. Gosto de perceber o que mais desejam ter e prefiro acertar em coisas que não esperam…
É sem dúvida uma época que apetece dar, receber e ver os sorrisos felizes das crianças…mas tem de haver controlo e tem de se saber explicar que o Natal não são só presentes, não é só o Pai Natal, nem as luzes e as decorações.
Este ano quando mudámos de casa já demos a maior parte dos brinquedos, mas tenho de fazer alguma coisa com elas ligada à partilha e ao Amor pelos outros, sentimentos que para mim são importantes elas não esquecerem nunca. Temos a sorte de ser uma época especial para nós, mas nem todas as pessoas têm essa sorte e elas, mesmo que pequeninas, devem saber disso.
Estas camisas de noite compridas tão, mas tão giras são Gocco, uma dica dada pela Andrea, do Mini -Mi (uma das mães que melhor veste os filhos, pelo menos para mim) ;)
Boa semana!
♥
Cacomae no Instagram @anadominguezlemos
Sensata, já faço isso à muitos anos com a minha filha
Primeiro porque o dinheiro não chega para tudo o que pede, segundo sempre a fiz ver que há mais meninos que querem presentes, além disso se recebia uma boneca ou duas, tinha que ir aos brinquedos dela e tinha que escolher uma para dar, torcia o nariz, mas temos pena.
Por aqui acontece o mesmo! A avó tem ainda o “cuidado” de juntar várias revistas e de entregar aos boys cá de casa. Este ano disse-lhe que só podia dar uma e depois do dia 15 de dezembro. Mas pior é a televisão. No pouco tempo que vem durante o dia, são “bombardeados” com imensa publicidade. O importante é mesmo o nosso papel ativo como pais, de conversar e explicar que não podem ter tudo!
As minhas filhas ainda são pequenas, mas a mais velha, com 3 anos e meio, descobriu pela 1ª vez um catálogo de brinquedos, na semana passada e à medida que folheava e apontava, perguntava se podia ter este ou aquele brinquedo. Obviamente, disse que não a grande parte e tentei explicar por palavras simples que não pode ter tudo, não só porque “o Pai Natal não pode” como também não é correto. Inicialmente, olhou desconfiada, mas depois lá se esqueceu e aproveitei a distração para “esconder” o catálogo, não fosse lembrar-se de escolher mais 4 ou 5 brinquedos e a coisa dar para o torto. No entanto, achei perfeitamente normal esta reação, não só por ser a primeira vez, como principalmente por ser uma criança. E convínhamos que nós, adultos, se nos colocassem um catálogo à frente, também não teríamos quaisquer problemas em fazer uma grande lista, na primeira reação. O importante é mesmo fazê-las ver que não podem ter tudo e tentarmos perceber quais são aqueles brinquedos mais úteis para o crescimento e entretenimento e que elas pareçam realmente interessadas, para ao fim de uma semana não estarem arrumados num canto. Bjs :)
Eu tenho uma opinião contrária, deixo que eles vejam as revistas o tempo que quiserem, já andam duas ou três aqui por casa que vieram nos Correios. Passado uns tempos eles próprios se fartam daquilo mas entretanto dá para perceber de que brinquedos gostam mais. Sabem que não vão receber os brinquedos todos mas gostam de ver, da mesma forma que quando vamos ao supermercado pedem sempre para ir ao corredor dos brinquedos, é a nossa primeira paragem. Ficamos alguns minutos mas só a ver e a comentar um com o outro sobre o que mais gostam e nunca tive birras de quererem trazer isto ou aquilo, sabem que não vou comprar.
Outra tradição que temos há uns anos é oferecer brinquedos a crianças mais carenciadas, uma das actividades do calendário do advento é precisamente escolher brinquedos para dar. Quando tinham 2 e 3 anos, escolhiam só um. No ano a seguir já escolheram três ou quatro brinquedos e no ano passado demos imensos. Mesmo assim continuam a ter coisas a mais, nós só damos um e pedimos aos cunhados para se juntarem mas cada um traz umas 10 ou 12 prendas e volto a ficar com com a casa cheia!