…também acho que um Pai nunca devia passar por isso
Sempre que estive grávida fiquei mais sensível e mais lamechas. Não há filme que não chore, mesmo os que são para rir. Mas ver o filme Impossível (o nome mais bem dado dos últimos tempos, porque depois de ver fica-se mesmo a pensar que história impossível, não pode ser verdadeira) Mas foi real, uma família passou e viveu tudo o que se vê no filme, foi demais. Chorei nas partes más, nas partes boas e nas mais ou menos. Tudo era razão para chorar, e não pensem que eram umas lágrimas pequeninas, foi choro à séria. Um filme fantástico e impressionante que nos leva a pensar e me levou na manhã seguinte a apertar as Cs. com tanta força, que tive de ouvir um ” Ai mãe que horror, estou a ficar esmagada, socorro!!!!” Vale mesmo a pena ver.
A Sensação de perder um filho deve ser a pior dor do mundo. Uma dor que não devia existir, uma dor para a qual ninguém está preparado mesmo. Estava para escrever sobre isto desde que li este post da Rita aqui. Todos conhecem alguém que já perdeu um filho e já viram a expressão de dor na cara desses pais. Quando li lembrei-me do Z. lembrei-me da M. e lembrei-me do C. três crianças que vi partir e jamais vou esquecer. As razões, duas diferentes mas a dor essa deve ter sido igual no coração daqueles pais, daqueles avós e irmãos.
Todos eles tinham mais filhos e a força que arranjaram para continuar com um sorriso por eles é brutal e de uma beleza inexplicável. Uma força que tenho a certeza deve vir bem lá do fundo, deve custar horrores pois o coração que outrora estava radiante e feliz, jamais irá recompor-se, jamais irá ser igual.
Não estou a escrever este post apenas por pena, mas sim para dizer a minha enorme admiração por eles. Nem sei se são pais que lêem este blog, mas o que sei é que me lembrei de todos eles, desde o dia que li o post da Rita e mais ainda quando vi o filme neste fim de semana de temporal.
Para eles um beijinho muito especial.
ps – parabéns à Zippy que teve uma ideia fantástica. A Zippy foi a primeira marca a pensar nas crianças daltónicas e a criar o código ColorAdd para os ajudar a reconhecer as cores, a serem independentes e autónomos e já na próxima colecção. O máximo!
pss – E quem quer espreitar já algumas roupas da marca DOT, para a próxima estação? Vejam que giras pela amostra na nova loja internacional aqui. Parabéns meninas são realmente um orgulho do que uma marca portuguesa é capaz.
Boa semana, com chuva para não variar…
Ana, dizem que não há dor maior…
Já assisti de bem perto à dor de perder um filho já bem crescido, já assisti de bem perto à dor de perder um filho prestes a nascer, já assisti de bem perto à dor de tentar e tentar e perder bebé atrás de bebé e de facto é uma visão de destroçar qualquer coração! Não consigo imaginar o que é estar do lado de lá, se custa tanto estar do lado de cá!
Vi há uns dias o trailer desse filme e fiquei com vontade de ver mas como também sou lamechas (e sem estar grávida), vou adiando por saber o que a casa gasta!
Beijinhos
Este seu post, não me podia deixar indiferente. Uma amiga minha perdeu a filha de 4 meses há 1 semana. Acredito que ainda esteja em "transe" mas com uma força inexplicável que ninguém descobre de onde veio. A escrita ajuda muito ao desabafo (ela escreve aqui: http://www.maetonino.blogspot.pt).
A todos estes Pais o meu maior respeito!
O filme incomodou-me mesmo… fiquei a pensar se se passasse connosco, com a minha família, com as minhas miúdas… aflitivo! Estive o filme todo a pensar nisso… e vi-o no dia do temporal, aqui em Lisboa, em que cairam árvores que levantaram passeios, voavam telhas e azulejos… :-)
Mas falemos de coisas mais alegres… adoro a nova colecção da zippy… a gabardine das cerejas, as saias de estrelas para as mais crescidas e umas cores muito clean!!! :-)
Ana, nem me vou aproximar desse filme nos próximos meses… Hoje só de entrar na CUF, onde elas nasceram, fiquei em lágrimas. Bjs!
Olá Cacomae¡ A Zippy demonstrou de facto ser uma marca com gestos sociais importantes, mas é essencial dizer que não foi a Zippy que criou o código para daltonicos. A Coloradd é uma ideia portuguesa que se espera chegar bem longe, vinda de um designer português que foi genial neste seu projecto (Miguel Neiva) e a sua equipa colaboradora que têm dado papeis por esse mundo fora :)
E como acho que é razão de orgulho e uma ideia brilhante, nao quis deixar de dizer.
E como este é um blog de mães contar que a Viarco ( creio que a unica marca portuguesa de lapis) aderiu tambem à ideia e vende lápis com o código. E que não é demais fazerem um screening de daltonismo aos vossos benjamins, visto que o daltonismo é uma condição que afecta a 10% do sexo masculino, e em menor frecuencia também o sexo feminino.
um beijinho, Ana