#ofilhodomeio
Escrevo este post depois da nossa ida ao Programa da Cristina Ferreira, na Sic (vejam aqui a partir do minuto 32). Fui com a Concha, a filha do meio, que apesar de ter algumas características que costumamos ouvir do filho do meio, está longe de ser a coitadinha ou a abandonada. Nem pensar, não é mesmo! Acho que nenhum filho do meio o é, até porque desde cedo arranjam forma de sobressair e chamar a atenção. É a lei da sobrevivência numa casa com mais irmãs, mas a verdade é que acaba por ser um pouco assim em todas as casas com mais do que dois filhos. Na minha forma de ver, como mãe de 3, até acho que o filho mais velho acaba por ser muito mais “coitadinho” do que o do meio ;)
O mais velho, “coitadinho” não podia ser tão aventureiro, porque nós, pais de primeira viagem, controlávamos todos os seus passos e tinhamos muito mais medos e receios. O mais velho, “coitadinho” é quem acaba por ter de ajudar todos e é o “pára raios” dos irmãos. O mais velho, coitadinho, por ser mais velho é quem tem obrigação de dar o exemplo e é quem está sempre na mira e não pode asneirar… e haveriam mais exemplos, verdade?
Não vou mentir que a Concha é quem tem o feitio mais especial ea maneira de ser mais complicada em algumas situações. Não posso garantir que isso não aconteça por ser a filha do meio. É possivel que todo o seu carácter e personalidade tenham vindo a apurar com os anos, ou não, e seria igual se não tivesse tido mais nenhuma irmã. Não sei, sem saberei ;)
Adorei a opinião da psicóloga que estava connosco no programa. Os filhos são filhos, ponto. Têm uma ordem, mas que nada quer dizer. Há muitas coisas que podem levar a que sejam mais incompreendidos, mais explosivos, mais desenrascados ou até todo um contrário.
Tenho várias amigas com filhos do meio e tenho exemplos das duas coisas. Também tive vários comentários diferentes, de mães que são filhas do meio e nem todas mostraram ter as tão faladas características de filhos do meio.
Sei que há muitas opiniões diferentes, querem partilhar o que pensam dos filhos do meio?
Escrevi um post sobre este mesmo tema em 2017 (ver aqui quem quiser reler) e desde essa altura eu própria já mudei a minha maneira de pensar. Deixei de me castigar por uma coisa que não devia. Hoje em dia não acho que a deva tratar de forma diferente, beneficiar ou pensar que pode tudo porque é a filha do meio e tem sempre desculpa e motivos para fazer errado. Para mim é a do meio, igual à mais velha, igual à mais nova com uma maneira de ser que tenho de aprender a lidar melhor.
Vão crescendo e vamos crescendo com eles também. Verdade?
Desejosa de ler as vossas opiniões.
♥
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Olá Ana, sou a filha ‘do meio’ e, apesar de ter alguns sentimentos que descreve, com o passar dos anos sinto que sou uma sortuda! Tive de partilhar quarto com a mais velha, depois fiquei com a mais nova.. e só mais tarde cada uma com o seu quarto.. irritei a mais velha, irritei a mais nova… what could I want more! ;) Adoro as minhas irmãs e, sim talvez seja, das 3, a mais emotiva e sensível.. and?! Cada uma como cada qual! Sou feliz por ser a ‘do meio’. Bj
Também tenho 3 filhos e não gosto de estereótipos. Não tenho opinião sobre os filhos do meio, há de tudo, mas sinto que os mais novos são eternos babies, tratados como tal por pais e irmãos 👶🏻
Tenho. 3 filhos e nao tenho opinião formada, há de tudo. Mas acho que os mais novos são tratados como eternos babies tanto pelos pais como pelos irmãos 👶🏻!
Eu tenho 3 filhos, duas meninas de 8 e 4 anos e um menino de 2. Sempre fiz um esforço consciente por os tratar de igual forma nas várias etapas de crescimento, por exemplo no sentido de não cair na tentação de estimular menos os mais novos ou “forçar” a mais velha a crescer mais depressa por haver bebés em casa.
Quanto à atenção que recebem, hoje em dia não noto que a do meio seja a “coitadinha” que fica sempre perdida no meio dos irmãos, até porque, tal como a Conchinha, é sem dúvida a que se faz notar mais. A irmã sempre foi uma menina muito calma, responsável, tímida, calada… Corresponde bem ao estereótipo da filha mais velha: certinha, excelente aluna, bem comportada. A do meio é um bocadinho o oposto, super extrovertida, adora dar espectáculo e estar no centro das atenções, fala e dá-se bem com toda a gente, é imensamente popular no colégio, muito mais desenrascada que os irmãos… O mais novo ainda é muito pequenino, mas até agora tem uma personalidade no intermédio das duas. Agora, se são assim pela ordem de nascimento e respectiva educação ou simplesmente porque a mais velha sai mais a mim e os outros ao pai, nunca saberemos. Mas sem dúvida que a personalidade da do meio já era muito diferente da da irmã antes de nascer o meu filho.
Acho que o facto de o mais novo ser rapaz também ajudou na questão de eliminar um bocadinho o estatuto de filha do meio porque, na verdade, ela acaba por assumir de certa forma o papel da mais nova das meninas… confesso que ainda a vejo muito como a bebé cá de casa. Mesmo ao falar deles, nunca utilizo o termo filha do meio, ainda falo dela como a mais nova.
Houve apenas duas alturas em que notei que foi “prejudicada” e senti culpa por isso. A primeira foi logo quando nasceu (portanto enquanto era efectivamente a mais nova). Nos primeiros meses acabei por lhe dar menos atenção do que queria, ao tentar compensar a mais velha pelo nascimento da irmã (tinha 3 anos e meio e sofreu imenso com ciúmes). O segundo momento foi logo a seguir ao nascimento do irmão, que coincidiu com o primeiro dia da mais velha na primária. Com um bebé acabado de nascer, uma miúda de 5 anos completamente excitada com a entrada na primária e novamente com uma grande crise de ciúmes e eu a recuperar de complicações graves no parto, senti-me muitas vezes a falhar com a do meio e martirizei-me bastante com isso. Depois com o tempo tudo se endireitou e hoje todos têm um lugar bem definido na família.
Fala como escreve. Ou escreve como fala.
Sou a mais velha de 3 e tenho 3 filhos. Enquanto filha acho que tive tudo mais dificultado pois era a que “abria caminho” para tudo, saídas à noite, namorados, etc. A minha irmã, apenas com 1 ano de diferença já teve tudo mais simples, porque os nossos pais já estavam habituados à ideia. Ou seja, foram ficando flexíveis face ao que vinha.
Como mãe de 3, sendo que o do meio tem um feitio mais marcado e é mais palhacinho, acho que tem o seu espaço para crescer. Ele refere muito que é o mano do meio, parece ter orgulho! Eu digo que ele é o único que em simultâneo é mano mais velho (do bebé) e mais novo (em relação ao irmão mais velho), e ele fica todo contente!
Ontem recebemos o treliche, igual ao das suas, e ele já sabia que a cama dele era a do meio!
Não acho que tenham menos atenção por ser o do meio, mas se nasce um irmão com menos de dois anos de diferença claro que rouba atenção por muitas voltas que se de ao assunto,
Adorei a filha do meio, linda, com uma postura elegante, e com um sorriso entre o malandro e o envergonhado. Beijo á Concha
Fala como escreve. Ou seja, super mal. A blogger wannabe que corre corre e não sai do sítio.
Do sítio saio, posso é não chegar onde queria…Obrigada pelo incentivo querido, foi um amor. Quanto à escrita, bem ou mal…continua a vir cá constatar ;)
Porque vir cá é pura diversão . E grátis
Que bom, afinal tem coisas boas…mesmo vindo de pessoas más ;)