Madeira: Pestana Carlton

9 Novembro , 2020

O ano passado ficámos tão maravilhados com os dias bons que apanhámos no final de Outubro, que este ano voltámos a aproveitar a semana de férias intercalares das miúdas e regressámos à Madeira.

Vou dividir esta semana em três partes, não só para não lerem tudo de uma só vez, mas porque achei mais interessante mostrar e falar de cada hotel onde ficámos, todos do grupo Pestana com quem trabalho muitas vezes pelo grande número que têm espalhados pelo país inteiro (e não só). É muito importante ser fiel, não só ao que gostamos, mas também em quem confiamos. Numa altura  difícil como a que atravessamos, segurança e  higiene são ainda mais procuradas e fundamentais e eu confio 100% neste grupo.

Não sou uma pessoa que se possa dizer muito viajada, mas já fui a vários países, já fiquei em muitos hotéis e poucos igualam os nossos portugueses no que toca aos cuidados de higiene e limpeza. O grupo Pestana está num dos lugares do topo da minha lista.

Já conhecia o Pestana Carlton  porque foi aqui que fiquei  há uns anos, com a Concha e com a Carlota na nossa ida mãe e filhas (foi tão gira essa viagem que podem rever aqui). Desta vez, ter voltado a um dos hotéis mais bonitos e mais bem localizados do Funchal com a família completa, foi ainda mais espectacular. Eu sabia que o H ia adorar os mergulhos directos no oceano Atlântico,  possíveis neste hotel (muito poucos têm esta possibilidade na ilha). Claro que adorou ele e as miúdas que não saíam de manhã do hotel, sem tomarem o pequeno almoço no terraço com uma vista deslumbrante para o azul lindo do mar (com a barriga carregada de panquecas) e claro…sem vários mergulhos na água quente que a Madeira consegue ter no final de Outubro. Que bom e que saudades já temos dessas manhãs!

Como no ano passado fomos uns papa léguas e tentámos conhecer praticamente a ilha toda, desta vez resolvemos aproveitar, não só os lugares que mais gostámos, como aproveitámos o swell especial que entrou nessa semana e o pai não queria perder. Aproveitámos ainda,  tempo nos hotéis que escolhemos, que acaba por ser onde elas mais gostam de estar. Também conseguimos ser surpreendidos por novos sítios que se descobrem sem querer, já que esta ilha considerada uma pérola no Atlântico, tem muito, mas muito para descobrir.

Primeiro dia foi passado entre mergulhos no mar e na piscina do Carlton. almoço na Doca do Cavacas, com as deliciosas lapas e um vinho branco gelado. À tarde  ficámos nas piscinas naturais deste sítio, que estavam com um mar bem mais calmo do que o mar que lá apanhámos o ano passado, que nem deu para molhar o pé. Foi divertido e foi relaxante, características que sinto sempre nesta ilha. Não é preciso fazer nada a correr, não é maravilhoso?

 

 

Para jantar voltámos ao Lagar, aquele restaurante regional e típico com as espetadas e o milho frito que a Carlota tanto gosta. Desta vez sem sorte para apanhar o bailinho da Madeira e o rancho que elas tanto queriam ver, mas com este período de algumas restrições só às terças e sextas conseguem ver o rancho actuar.

Cama cedo já que o voo da TAP que apanhámos foi de madrugada para que o primeiro dia fosse logo cheio de programas bons. Valeu a pena, porque foi e muito.

Acordar com vista para aquele mar, é das coisas que tenho mais saudades. A cor é linda e a transparência da água é qualquer coisa de espectacular.

Cá em casa somos todos fãs de pequeno almoço de hotel. As miúdas então nem sem fala! Por falar em pequeno almoço, tenho visto, nos vários hotéis que temos ido, diferentes maneiras de ultrapassar a nova realidade em que vivemos, como forma de não colocarem pessoas em perigo de contágio, na altura de ir escolher o que trazer para a mesa. No Pestana Carlton de cada vez que vamos ao buffet temos uma senhora com desinfectante e pinças lavadas para dar a cada hóspede. Só com essa pinça podemos tirar o que desejamos para o prato, sem que mais ninguém toque ou mexa com mãos. As máscaras são obrigatórias e cada vez que uma mesa fica disponível é imediatamente limpa e desinfectada (cadeiras incluídas) para que outras pessoas a possam utilizar em segurança.

É importante referir tudo isto pois sei que para muitos viajar nesta altura causa alguns medos e receios. Em altura nenhuma da nossa viagem senti qualquer perigo ou irresponsabilidade, quer da nossa parte como hóspedes (nem de nenhum com quem me cruzei) e muito menos dos hóteis e das pessoas que lá trabalham. Muitos cuidados e muita responsabilidade por parte de todos, até porque continuei a ver muitos turistas mais velhos a aproveitar, e bem, esta ilha. Respeito acima de tudo e consciência. A higiene mais do que nunca era visível e todos os cuidados de segurança são levados muito a sério.

O segundo dia começou igual ao primeiro. Manhã no hotel com muitos banhos e muito sol.

A tarde foi para explorar uma zona que desconhecia. Parámos na Marina da Quinta do Lorde para almoçar. Uma marina tirada de um filme, escondida no meio do nada, com piscinas naturais e muito perto da Ponta de S. Lourenço, que não conseguimos percorrer porque a tonta da mãe se esqueceu de levar ténis para caminhar.

Mas não pensem que ficaram muito zangados pelo programa que não fizeram. Lembrei-me que a caminho do hotel havia uma praia linda que conheci da primeira vez que estive na Madeira e onde não os tinha levado o ano passado. Fomos à praia do Garajau e claro, adoraram os banhos naquela água, mais as explorações pela costa rochosa. Esta é daquelas praias que para chegar só quem saiba fazer um bom ponto de embraigem, que não é o meu caso  (para lá chegar da primeira vez que fui, só mesmo a pé). Valeu o pai que veio connosco e ainda goza com a minha azelhice.

A noite prometia nesse dia, uma vez que essa era a noite de dança no hotel. Nem saímos para jantar fora, o jantar foi mesmo por lá porque a pista abria cedo (todos os dias , ao jantar, existe uma grande variedade de pratos deliciosos). Nem as luzes  de discoteca faltaram e foi um dos momentos altos da estadia. Se há coisa que sinto falta é de um bom pé de dança com amigos! Elas vibraram e estavam felizes (vejam os filmes nas pastas que fiz nos destaques do Instagram, com o título Madeira).

 

 

Na segunda feira quem mandou no programa foi o pai, que contava os minutos para um bom surf desde que aterrámos na ilha. Paragem no Paúl do Mar onde combinou com uns amigos e tarde (quase dia inteiro) de surf no Jardim do Mar (spots bem conhecidos com ondas). Nós ficámos pelos passeios, leitura e almoço no Joe’s Bar, que é só um dos bares mais famosos da zona pela sua boa onda. Confirmamos ;) Depois de uma grande seca à espera do surf do dia, não voltámos ao hotel sem uma paragem, no Maktub, para ver o pôr do sol.

Surf bom, marido feliz, final de dia por nossa conta a fazer o que quiséssemos.

Hotel e mergulhos, claro, é que nem pensaram muito para responder.

O jantar desse dia foi num restaurante muito giro, junto ao hotel, que me tinham falado. Jantámos no Casal da Penha, no terraço, porque as noites na Madeira, nesta altura do ano, estão melhores que muitos dias de Verão no Continente. Comida variada e óptima. Gostámos muito e recomendamos a quem vá ao Funchal.

 

Foi a última noite no Pestana Carlton, um hotel com muito charme e cheio de histórias para contar. É e foi um dos hotéis mais procurados e visitados por muitas estrelas nacionais e internacionais ao longo dos anos da sua existência. Tem um charme que só quem lá fica consegue entender e sentir, porque como já várias vezes disse, nem sempre é preciso ficar no mais novo e moderno para se sentir conseguir sentir “aquele quê” de especial. O PestanaCarlton tem e sabe manter esse charme e essa magia que continuam a fazer dele um dos hotéis mais bonitos e charmosos da Madeira.

A voltar muitas vezes!

 

Para terem todas as informações do Hotel Pestana Carlton, podem ver aqui.

 

Cacomae no Instagram @anadominguezlemos