Elas podem crescer mas o colo da mãe sabe sempre bem

Quando o nosso furacão da casa chega mansinho e sem força algo se está a passar.

A Conchinha tem sempre energia para dar e vender, então se é dia da ginástica que tanto adora, ainda mais ela tem. Mas hoje quando a levei ao ginásio, estava diferente. Estava mais carente, mas não era ela que pedia beijinhos e miminhos, ela dava-me era a mim e não largava o meu pescoço. Quando a professora chegou, foi toda contente como sempre, mas quando a aula acabou e a professora me disse que não tinha feito nada (nada mesmo), achei que alguma coisa estranha se estava a passar.
Primeiro achei que estava a ficar doente, mas depois de tentar perceber e lhe perguntar como tinha corrido o dia, a nossa miúda forte e sempre bem disposta, caiu num pranto e disse que se tinha portado mal.
Ou seja, portou-se tão mal que caiu em si e sentiu-se mal pelo que fez. Fiquei com tanta, mas tanta pena que só me apetecia abraçá-la e enchê-la de beijinhos. Prometeu pedir desculpa amanhã no colégio e fiquei contente por ter percebido sozinha que tinha feito mal.
Adormeceu com as minhas festinhas e ao meu colo como há muito não fazia. Nesse momento olhei para ela e ainda vi a bebe que precisa de protecção, mimos e uma mãe que esteja sempre ao seu lado para o bem e para mal, porque não há no mundo quem melhor nos perceba e entenda, que a nossa mãe! Elas podem crescer mas o colo da mãe sabe sempre bem…

Amanhã será de certeza um dia melhor!

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