Cabo Verde – Ilha do Sal II

22 Abril , 2016
Foi sem dúvida uma semana maravilhosa a dois, muito romântica com muitos programas divertidos, muitos passeios, muito exercício (mas atenção, este também é aquele destino para quem só quer ler,  descansar e nem sair do hotel e da sua praia). Vim carregada de uma cultura que gostei de conhecer mais ao pormenor.
Um povo muito simples, muito caloroso com muita música no corpo (e que corpos meu Deus, desculpa lá Ronaldo mas aqui vi muito músculo que competia com os teus), com muita conversa e sempre com um sorriso para nos dar. 
Do hotel, Oásis Salinas Sea, das actividades, da praia e das comidas falo no próximo post para ficar mais fácil para vocês e para mim.
Os dias foram passados na praia, com uma ou outra saída para a Kite Beach (até isso  foi fácil, o nosso hotel estava mesmo ao lado do Club Mistral e lá podem apanhar boleia (7€) para a praia a certas horas, lá podem alugar material e marcar aulas com bons professores, se bem que nesta ilha também têm a escola do super conhecido e pro Mitu & Djo). Outros dias fazíamos Sup na escola do Pirujo, a Sal Surf Camp & School. 
A praia de Santa Maria é óptima para grandes passeios com imensos bares giros espalhados pelo areal. Levar livros e revistas é fundamental e tempo não vai faltar para todas as leituras. Entre a praia e a piscina e até na varanda de cada quarto o ambiente é calmo e muito relaxante.
No final da tarde, antes do jantar, os passeios pela vila com muito artesanato e bares com música cabo verdiana eram o programa que gostávamos de fazer. Passar no pontão para ver o peixe chegar era obrigatório, assim como parar na praia do fundo a ver as crianças locais brincarem nas ondas, muito divertidas.
Podem ainda fazer mergulho, ver o fundo do mar, fazer windsurf…com vêem desportos e acção aqui não faltam!

Adorei o passeio pela ilha e tudo o que vi e fiquei a conhecer (um dia/manha são suficientes). Nós fomos numa pick up, num grupo de 8, mas podem alugar um carro e irem sozinhos (se bem que acho difícil descobrir alguns dos spots que alguém que o faz todos os dias tão bem conhece) ou ir num grupo de moto4 (eu sou uma maricas mas esta é a hipótese que deve ser mais divertida).  
Saímos do hotel e fizemos a primeira paragem numa das salinas de Santa Maria, de onde trouxemos um saquinho de sal que deixa a pele do mais hidratada e suave que já senti. Fomos por caminhos onde nunca pensei um carro passar, passámos por praias lindas e sem ninguém, por desertos onde as poucas árvores têm as copas completamente achatadas e deitadas do vento. Parámos na Buracona e vimos o olho azul turquesa (obrigatório estar sol para este passeio), mas também nadámos numa piscina natural linda de morrer e espreitámos uma gruta com peixes que se não fosse com o guia nunca lá chegaríamos. Já estávamos maravilhados com tanta beleza e de repente somos brindados com um grupo de golfinhos que passou por ali para nos dizer olá. TOP.
Parámos na Miragem e antes fizemos o que todos os que viajam e conhecem a ilha fazem, um montinho de pedras para marcar e deixar o nosso contributo (5 pedras claro, o nosso número da sorte). Conhecemos uma vila pequenina piscatória e passámos por um dos bairros mais pobres que alguma vez passei. Percebi logo o que me disseram algumas de vocês, em relação às agências de viagens darem o toque de tanto que podemos levar para ajudar. Percebi e senti-me mal de não ter nada para dar àquelas crianças que nos diziam olá de mão estendida…triste, mas também isto faz parte desta ilha e fiquei agradecida de ter visto e nada ter ficado escondido.
Fiquei agradecida por agora poder alertar e avisar quem vai que leve alguma coisa (roupa, brinquedos ou outros bens). Por pouco que seja eles vão agradecer do fundo do coração, pois são sem dúvida um povo agradecido e muito carinhoso, mas principalmente é um povo necessitado.
Próxima paragem nas Salinas onde o banho é obrigatório de tão divertida é a sensação de boiar e não conseguir ter as pernas esticadas. 
Passámos por igrejas bonitas, por casas abandonadas e até por barcos naufragados. Só não tomámos banho com os tubarões (leram bem) porque estava a maré muito baixa. Alguém ficou tão triste e não fui eu ;)
Uma ilha onde a moeda é o escudo caboverdiano mas onde tudo pode ser pago com euros. 
Um clima onde o vento é rei (mas atenção na praia de Santa Maria o vento que apanhei até sabia bem, de outra forma não aguentaria aquele sol). A temperatura da água surpreende a primeira vez que molhamos o pé, pois todos esperam água quente. Não é quente mas é óptima e quando entramos, não queremos sair de lá.
Em relação ao destino com crianças este é sem dúvida um dos próximos onde quero levar as Cs (mas aproveito para falar com o post do hotel por ser tão bom para estar com elas). Falam português, é apenas a 4h de avião, a comida é optima e é um povo que adora crianças.

Ilha do Sal, onde a doçura das pessoas é muito superior ao sal de toda a ilha

Club Mistral, na praia
Casaco: Urbanoid
Kite Beach

As Paez que o H levou e usou em TODO o lado
Salinas de Santa Maria
Túnica: Christophe Sauvat (Verão 15))

Monte Leão

Tradição dos viajantes
Palmeira, vila piscatória

Buracona

Triste por não ter o que lhes dar
Salinas Pedra de Lume

Mais um spot da praia

Fato de Banho: Latitid

Porto Antigo

Bikini: Malai 

Uma ilha e um povo que não vou esquecer. 
Uma semana de sonho que vou querer repetir da próxima vez a 5.
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