Alerta
Quando somos confrontados com histórias reais e com histórias tristes que acabam mal, ficamos não só de coração apertado, mas muito mais alertas para tantos perigos que achamos que não nos acontecem a nós, mas a verdade é que podem acontecer e, quando menos esperamos.
Hoje soube de uma morte estúpida que até podia ter sido evitada se as nossas crianças tivessem um bocadinho mais de informação e fossem um bocadinho mais alertadas e ensinadas para enfrentar certas coisas. Uma criança de 12 anos morreu intoxicada porque não sabia que devia ter tentado arejar o quarto onde estava depois de ter percebido da enorme quantidade de fumo que ia entrando do andar de baixo. Ligou para o Inem, mas quando chegaram já a criança estava desmaiada no chão. Em vez de abrir portas e janelas, manteve o quarto fechado, acumulando todos os gases no espaço onde estava.
Penso que no 3º ano, na disciplina de estudo do meio, vão dar estes temas, mas será que dar isto aos 9 anos e nunca mais os relembrarem é útil e bom para todos? Eu não estou a querer culpar apenas o ensino neste país, até porque nós pais também temos culpas quando não abordamos estes assuntos, mas vejo tanta matéria desnecessária a entupir a cabeça das crianças que pergunto se não está na altura de mudar alguma coisa e dar mais importância a coisas que realmente podem interessar e todos deviam saber.
Um desabo de uma mãe cheia de raiva com a perda de uma criança numa idade com tanto, mas tanto para viver.
Com 3 filhas é impossível ficar indiferente!
Eu falo muito dos perigos e das possíveis consequências, mas às vezes acho que os assusta. Não sei se é certo ou errado. Sei que eu deveria transmitir de uma maneira diferente. Tenho tentado não ser tão alarmista para que a criança não seja prejudicada. Mas todas nós fazemos o melhor que sabemos e podemos é rezamos para que numa emergência saibam o que fazer.
É exactamente por essa razão que penso que ser a escola a ensinar e a passar essas informações ajuda e pode ficar um trabalho mais bem feito ;)
Esses ensinamentos têm que ser transmitidos por toda a gente que convive com a criança. A Escola aborda muitos assuntos relacionados com a segurança, em muitas disciplinas, mas não chega. Toda a gente é responsável.
Concordo inteiramente consigo, Ana.
Ao invés de andarem a falar de sexualidade precocemente, situações desse tipo, como agir em situações dessas, primeiros socorros, etc, seriam bem mais úteis à sociedade.
Sim, porque acho que aos 10 anos as crianças não pretendem iniciar a vida sexual, muito menos percebem bem o que isso é. Enquanto que depois na idade que realmente deveriam abordar esses assuntos, já não abordam que é no secundário. Há 6 anos tive umas 3 palestras apenas sobre o assunto que valeram para os 3 anos de secundário.
Eu agora que moro sem pais durante a semana num apartamento até relativamente grande (T3) tenho de o ter sempre a arejar por haver possibilidade de fugas de gás, sei lá eu (tenho imenso medo disso)… Como isto é arrendado, não faço ideia das coisas, de quem passou por cá, o tipo de senhorios.. Mas ninguém alerta de nada quando andamos na escola…
Realmente, a escola, esse bicho papão. Se calhar a mãe, em vez de andar preocupada com kits e tops e tanta futilidade fazia também a sua parte, não?
Que mania de delegarem tudo na escola.
E para a Inês, informe-se antes de achar que falar de sexualidade nestas idades é precoce.
Sabe Daniela se lesse tudo em vez de saltar o que lhe dá jeito, lia que também acho que nós pais temos esse dever e essa obrigação. Ao falar que a escola pode falar mais vezes ao longo dos anos é apenas por ser o sítio em quem mais confio e quem acho que tem mais capacidade e facilidade para o fazer. Haverá formais melhores que outras para ensinar estes assuntos a crianças e de certeza que eles sabem melhor do que eu falar deles e como os abordar. Serem falados mais vezes só mostraria a importancia deles na sua vida. Não mais do que isso.
Enfim…
Concordo que a grande responsabilidade de alertar as crianças para os perigos do dia a dia será dos Pais. Claro que a escola tem um papel fundamental e até existem disciplinas específicas para este temas, mas em casa é que deve comecar o exemplo. Eu vejo imensas vezes o telejornal com as minhas filhas e vou falando dos problemas que possam surgir – catástrofes naturais, doenças., fogo, cheiro a gas, assaltos etc. Infelizmente há horas do diabo. Deus a guarde, a essa criança e aos pais, pois não consigo imaginar dor maior.
O tema da sexualidade é abordado no 3° ciclo (9°ano) tal como é abordado no secundário no curso Humanistico de Ciências e Tecnologias. Aliás, no 12° ano em Biologia são abordados todos os assuntos relacionados com a sexualidade desde todos os métodos contraceptivos, fases da gravidez e as suas características, etc.
Todos os cuidados básicos e perigos do dia a dia devem ser instruídos pelos pais em casa.
Existem casos de crianças que engravidam aos 10 anos pelo que não acho absurdo que esse assunto seja abordado tão precocemente.
Mas o sistema reprodutor é dado no 3.º ano, o que já leva a algumas questões.
Oh Ana, e? Também há pais que delegam na escola o explicar de onde vêm os bebés. Continua a achar precoce o sistema reprodutivo ser dado no 3 ano?
E qual o problema de desmistificar o tema reprodutivo logo cedinho? Acabam-se os risos, os mal entendidos e as fábulas sobre o mais intimo que temos. Aqui por casa fala-se em abuso sexual e na forma como nos devemos comportar no que diz respeito ao nosso corpo. O meu filho, de 8 anos, sabe que o pénis, a vagina, o rabo são partes intimas que só devem ser mostradas aos pais, da mesma forma que ensinamos que não é normal alguém mostrar essas partes do corpo. Cá em casa, nunca, mas nunca, se viu desenhos animados na TV à hora da refeição, o nosso filho têm contacto com o mundo, mau e bom, desde sempre. Se o faz ter alguns medos? Acredito que sim, mas também lhe permite o contacto com todas as realidades, desde um engasgamento até ao que fazer num sismo ou incêndio. Por muito que o papel da escola, seja muito importante, eu considero que em casa podemos e devemos fazer o nosso papel de despertar para o mundo!
O papel dos pais é fundamental nestes assuntos. Quer a ensinar as regras de segurança e prevenção de acidentes em casa e fora dela, quer nas questões da sexualidade, que fazem parte de todos os seres humanos e devem ser tratados desde a infância (em cada idade de uma forma diferente, como é obvio). Conhecimento é poder.
Infelizmente ainda acontecem muitos acidentes deste género, cabe-nos a todos contribuir para melhorar o futuro.
A escola também tem o seu papel, mas não podemos delegar nela tudo.
Beijinhos
Sofia
http://cafecanelachocolate.sapo.pt
Tenho muita pena que tenha apagado o meu comentário, Ana.
Um beijinho
Sofia Serrano
http://cafecanelachocolate.sapo.pt
Não Sofia, não apaguei apenas ainda o não tinha aprovado mas tal como outras pessoas não deves ter lido a parte que digo que os pais também devem falar em casa do tema. Eu acho é que são temas que podem ser melhor dados e explicados na escola por quem sabe e não apenas uma vez mas ao longo dos anos que a frequentam. Não são coisas que as crianças fixem numa primeira abordagem, principalmente quando este tema é dado aos 9 anos.
Bjs
Sou educadora e tenho crianças pequenas na família, penso que a responsabilidade de abordar estes conceitos com as crianças é mais facilmente feita em casa. Num grupo/turma é mais complicado. No entanto mais do que falar sobre os perigos, é importante encontrar com as crianças as respostas, para algumas situações. Faço esse jogo frequentemente e tem resultado em situações inesperadas do dia a dia, ainda que nenhuma tão dramática.
Mas onde esta o problema deste tema ser abordado em casa e na escola?
Sigo alguns blogs e posso dizer que o seu é dos mais atacados (ou então os comentários não são aprovados) mas nada que lhe tire a vontade de continuar e ainda bem.
A escola não substitui os pais.
Sou mãe de dois adolescentes, sempre alertei os meus filhos para os perigos do mundo real, adequando logicamente o discurso à idade que tinham. Os temas abordados vão desde as drogas, ao álcool, aos pedófilos, às violações, aos raptos, aos terroristas, aos sismos, aos incêndios etc. O mundo tem coisas óptimas, mas também tem o seu lado obscuro.
Conheço uma menina portuguesa, que teve a primeira menstruação no 3º ano, tendo na altura cerca de 8 anos. Existem meninas que engravidam. Digo sim à educação sexual desde cedo. Os estudiosos que deliberam o currículo nacional, não o fazem de ânimo leve.
Outro alerta que faço aos meus filhos, é para os problemas do aquecimento global.
Esta é a minha visão sobre a educação dos nossos filhos.
Educar é uma tarefa árdua! E, como diz o provérbio africano, “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança!”. Ninguém é detentor da verdade, da solução infalível.
Sou professora e já tive muitas alunas que cedo tiveram a menstruação, por volta dos 9 anos, outras aos 10. O caso da menina com 8, é uma realidade.
Desejo paz no mundo, entre todos os seres!
Ana, obrigada por ter tocado no tema. Obrigada pela sua sensibilidade e preocupação. A mim certamente deixou-me alerta para desde cedo conseguir alertar a minha filha destas situações.
Anónima das 18:01, Realmente tem toda a razão nunca vi tantos haters como neste blogue. Ana, como interpreta isto? Eu não teria estrutura para continuar, se lesse o que a Ana lê por aqui. Beijinhos
Este é um dos blogues que mais mostram a vida tal como ela é.
Mostram o bom e o mau. Mostra roupas amarrotadas, sapatos esfolados, cabelos despenteados e birras de crianças. Porque as crianças são crianças e as mães não são perfeitas.
A Ana escreve com erros, esses patifes, que todos no mundo desconhecem.
E tanto fala sobre as suas conquistas assim como sobre as suas falhas e as suas dúvidas.
E mostra-se, acima de tudo e com os seus altos e baixos, de bem com a vida.
E mostra sorrisos, muitos!
Se tem dinheiro, trabalho ou diversão, isso é com ela e com os seus mais próximos.
A mesquinhez e amargura de algumas pessoas encontram aqui bastante alimento.
Não vivo num meio priveligiado, mas sim. Nunca conheci esses casos “problemáticos”. A rapariga que era do meu ano de nascimento que engravidou precocemente foi aos 18 anos… Há 4 anos.
De qualquer das formas, cada criança é uma criança e estou de acordo com o que algumas senhoras dizem “a educação parte de casa” portanto, se essas situações acontecem, os pais são os responsáveis por isso.
Quanto aos comportamentos em relação ao que se deve fazer em situações de catástrofe, essas deverão ser elucidadas na escola porque, julgo eu, nem todos são obrigados a ter conhecimentos desse campo e, quem estudou línguas e humanidades não faz a minima do que se deve fazer em caso de sismos, um exemplo.
Beijinhos
Quem fala assim não é gago ;)
Concordo.
A minha filha tem 8 anos. OITO. Com 8 anos já sabe ligar para o INEM, já fez um mini curso de suporte básico de vida e explico muitas vezes o que fazer nas mais diversas emergências (incluindo se estiver com um adulto que se sente mal). Ponham-se à espera da escola. E já agora, sobre o ensino da sexualidade… ganda LOL. Como disse, ela tem OITO anos e ouviu o primeiro piropo de um velho na rua há poucos dias e ao meu lado (sim, parece mais velha mas não é desculpa). Portanto, é muito importante começar cedo a explicar a sexualidade e sobretudo a fazê-los perceber que há coisas que se podem e devem recusar e que se devem contar ao pai e à mãe
E já agora, eu sou de direito. Lá por ter estudado humanidades não significa que não saiba o que fazer em caso de sismo, de incêndio, de hemorragia e o que mais for preciso. E quem não sabe procura aprender (como eu que já tenho um curso de suporte básico de vida e um de primeiros socorros pediátricos)
A senhora é tão sábia… Também sabe injetar as suas próprias vacinas, automedicar-se, etc?
Isso que diz é tão ridículo de se dizer-se que nem sequer lhe vou responder.
Enfim… Felicidades para si e para a sua filha que, coitada, com 8 anos aos seus olhos já é uma mini-adulta pelas poucas coisas que disse acima. Faça um favor, ao menos não se intrometa no caminho que, eventualmente, a sua filha queira optar profissionalmente, pois parece-me que você gosta de controlar muitooo e julga-se a dona da razão.
Beijinhos e felicidades.
Também acho que parvoíce – até pode ser uma pessoa com a 4ª classe, que tem obrigação de saber o que fazer em caso de sismos, incêndios, etc…
É lamentável, em vez,de querermos o melhor para os nossos filhos, passemos ao ataque.
A minha leitura do post da Ana,é duma mãe indignada, e angustiada por uma criança ter morrido em circunstâncias “estúpidas”. E concordo em absoluto que sim a escola entope os alunos de matérias que nunca vão servir de nada,e outras em conjunto com a família há que ser dada,falada,trabalhada todos os anos,até porque,sim ainda há pais que por ignorância não passam essa informação aos filhos.