A Caetana é “racista”
23 Novembro , 2016
Ontem foi dia de reunião com a professora da Caetana. Depois do período de adaptação, esta foi a altura que achou ideal para nos dar o feedback dos primeiros tempos na sala dos 3 anos. É uma miúda tímida (o quê a minha filha mais nova? ), fala pouco (what?) e mesmo com os amigos não é muito dada (não, só posso estar na sala errada).
Nova língua, novas regras (coisa que não gosta muito) e novas caras para se habituar e pelos vistos um tempo mais lento que outras crianças. Ok, nem todos são iguais. Está sempre bem disposta, adora ouvir música, desenhar, pintar e fazer os jogos da sala, mas…detesta arrumar (confirma-se) e não faz caso do que lhe dizem quando não lhe agrada (quando o H ler isto vai dizer que a culpa é minha e eu a mimo demais).
Se a reunião tivesse acabado ali, saía uma mãe feliz e contente na mesma, mas não…
Não sei a cara que fiz, mas a sensação de vergonha e ao mesmo tempo tristeza foi gigante quando a professora me perguntou se sabia que a Caetana trata de forma diferente uma colega de outra cor!!!!
– Racista??!!! Mas como? Eu e o pai não somos, as irmãs também não e nunca tivemos conversas que pudessem levar a isso, não, não sabia!!!!
Na sala tem uma menina mulata e quando a professora me contou que não se senta ao lado dela no refeitório, não dá a mão no comboio e no recreio fez uma cena com outra menina igual, o meu coração gelou e fiquei em estado de choque. Eu sei que não é para tanto, mas fiquei e ainda não consegui entender o porquê dela ser assim.
Agora começo a perceber a insistência na boneca com cabelo igual ao dela (ou não e é só coincidência) :(
Quando ontem chegou e viu a Vaiana não adorou, olhou com ar indiferente, ao contrário da Concha que não a queria largar.
Passou a ser a boneca dela, tive de lhe dizer que bonita era aquela boneca, que ao contrário dela tinha um cabelo escuro e brilhante e uma pele sempre bronzeada como a sua no Verão. Achou esquisito mas sorriu e aos poucos não a largou. Aproveitei e perguntei se na sala tinha meninos da cor da Vaiana. Ela disse que sim, mas não se alongou mais e fez cara feia.
Não quis insistir, mas hoje levou um rebuçado para a amiga da sala, igual à boneca e disse que ia ser sua amiga.
Pode ser um primeiro passo…espero que seja, mas se este ainda não for irei estar cá para arranjar outro e a fazer ver que, mesmo diferentes fisicamente, somos todos iguais.
São comportamentos destes que me deixam a pensar. Somos pais iguais para as três, damos os mesmos valores e a mesma educação, o que faz esta diferença?
♥
Cacomae no Instagram @anadominguezlemos
Tiveste coragem e abertura para escrever este post e acho que fizeste muito bem em ir por baby steps. De facto é um comportamento estranho e que sem dúvida deve ser contrariado e percebido o motivo . Beijinhos Ana ❤️ Sofia Costa
Ana achei a sua ideia de oferecer a boneca da Vaiana óptima e é de facto uma boa forma de abordar o problema. De facto é mesmo assim, damos a mesma educação a todos (pelo menos no que respeita aos valores principais que lhes passamos) mas é mesmo assim – as personalidades e características de cada criança absorvem as coisas de maneira diferente. A Caetana ainda é pequena e com a ajuda dos pais e das irmãs vai certamente aprender a lidar com as diferenças exteriores e perceber que sim, apesar delas somos todos iguais. bj
A nana não gostava de meninas de cabelo encaracolado e ou de pele escura. Também eu ficava mto envergonhada. Passou…não foi preciso fazer nada e passou. Gosta e convive com todos os meninos da mesma maneira. Tem um enorme sentido de justiça. ��
oh ana, creio que o termo "racista" nestas idades é extremamente errado utilizar. as crianças não vêem diferenças de raças, vêem apenas pessoas diferentes e que por um ou outro motivo não se querem aproximar. se a menina fosse ruiva ou albina ou autista, que termo utilizaria a educadora? deixe-me que lhe diga, mas essa "educadora" devia ter mais atenção com os termos que usa, porque os usa totalmente descontextualizados.
a caetana não pode de todo ser rotulada de "racista" isso não faz qualquer sentido e por favor não se martirize nem mais um minuto com esta patetice!!!
Concordo totalmente …
Não posso estar mais de acordo! Ficaria extremamente incomodada se a educadora do meu filho usasse esse termo para descrever um comportamento tão natural nas crianças como é o de reconhecer a diferença. Embora concorde que deva trabalhar estas competências com a menina, acho leviano rotular assim crianças de tão tenra idade.
Concordo plenamente. Sou educadora e nunca faria tal pergunta a uma mãe, rotulando uma criança tão pequena. Hoje a sociedade está tão preocupada com estas questões que acaba por ser incorrecta alertando para estas atitudes incorretas. A Caetana esteve até agora em casa. Não teve provavelmente que lidar tão directamente como agora com crianças de cor diferente. É normal. Haja com naturalidade. Mais dos que as teorias são as nossas acções de adultos que elas tomam de exemplo. Aos poucos ela percebe e vai seguir os vossos exemplos. E como educadora sinto vergonha por essa colega que rotulou com um termo tão forte uma criança tão pequena.
Sónia Ricardo
Sim, também sou da opinião que é um termo demasiado forte. Gente miúda de 3 anos lá sabe que é ser racista! Se foi esse o termo utilizado, a educadora deveria ter mais atenção às palavras que emprega!
E de facto assim que se rotula!
Atenção que no texto não diz que a educadora utilizou o termo racista. "Sabia que a Caetana trata de forma diferente uma colega de outra cor!". A Ana é que pensou no termo.
Anónimo das 15h39, a Ana alterou a frase. Antes estava escrito racista e no título foram acrescentadas "".
Ana, a sua reação não foi exagerada. Penso que qualquer mãe o faria, principalmente sendo uma "estranha" a dizer-nos e não nós, mães, a percebe-lo.
Apesar da educação ser igual para as três, depois cada uma tira as suas conclusões e muitas vezes, absorvem partes e não um todo. Mas achei muito sensato a Ana ter logo começado a resolver o assunto, em vez de ignorar e pensar que a Caetana ainda é muito pequena para tal. A igualdade de género, raça, entre outras, deve ser-lhes incutida desde muito novos. Fico à espera de upgrades da loirinha! ;)
Antes de mais parabéns pela coragem em escrever este texto. Ana, não percebo como uma educadora emprega o termo racista numa criança de três anos…. acho a palavra forte (para dizer a um pai/mãe) e comnpletamente errado. A Caetana não é racista, apenas tem uma reacção para algo que é diferente para ela! Está na idade disso.
Fica descansada, a minha irmã quando era pequenina da idade da tua pequenina era exatamente a mesma coisa, nos crescemos na França, as nossas turmas eram multi-raciais, miúdos de todas as corres e nacionalidades, mas a minha irmã se tivesse que estar sentada ao lados de alguem de cor diferente não queria, chorava, não dava a mão, foi uma fase complicada pois meus pais não entendiam o porqué de ela reagir assim, eles não são racistas nem nunca disseram algo que nos pudessem levar a isso. Mais tarde ficamos a saber que era porque ela não entendia porque eles eram diferente dela, ela tinha medo porque não sabia o porqué de terem uma cor de pele diferente, cabelo, etc etc, a partir do momento que ela entendeu essa diferença que viu que não havia mal nisso passou e ela passou a brincar com todos de igual forma até que depois umas das melhores amigas dela era mulata, pode custar um pouco a fazer entender numa idade tão tenra, mas consegue-se, tudo vai ficar bem….. Vânia Lopes
Olá Ana como a entendo com a idade da Caetana a minha C. teve o mesmo comportamento com pessoas de outra cor, nem sequer se aproximava e fugia, fiquei deveras triste, e fiz o mesmo que fez, comprei-lhe uma boneca de cor que cheirava a chocolate, e tentei saber junto do pediatra e de uma amiga psicóloga se era normal este comportamento dela, resposta dos dois "é normal que ela estranhe uma criança de cor diferente, se não tem contato, ou vê pouco pessoas de cor" ela vai-se adaptar, estranha-se depois entranha-se e Ana… aqui para nós e para os seus seguidores, hoje a C. tem 7 anos e a semana passada chegou a casa e disse "Mãe, tenho um segredo para te contar, tenho o meu primeiro namorado, eu gosto dele e ele gosta de mim, brincamos sempre juntos, eu sou do 2º ano e ele do 3º mas ele é da cor da Maria chocolate (nome da boneca), mas não faz mal, os nossos corações são iguais não é!" :D
É RACISTA?? Que expressão tão forte para uma miuda tão pequenina. É importante, enquanto mães, estarmos atentas a estas coisas e ensiná-los a gostar de todos mas daí a dizer que uma criança é racista….acho o comentário muito triste
Também passei por isso Ana, e acho que não tem nada a ver com racismo. Mesmo nada. É apenas uma espécie de "estranheza" perante a diferença. Com 4 anos, a F. também se recusou a dar a mão a uma auxiliar do Colégio que era negra. Fez mesmo um ar de repulsa quando a senhora lhe estendeu a mão e disse " a ela não!". Fiquei tristissima, mas levei a coisa com serenidade, porque acredito piamente na inocência das crianças, ou pelo menos na da minha filha e sei que nunca houve qualquer sentimento de maldade. Hoje, com 9 anos não vejo qualquer vestígio daquele desconforto, e adora uma coleguinha da turma que também é negra.
Só é pequenina e não está habituada a pessoas diferentes. É normal, não se recrimine.
Aproveite a ocasião para lhe mostrar que há pessoas diferentes, de raças diferentes, com deficiência… Aproveite o Natal que é só por si uma época especial e mostre-lhes as diferenças.
Vai correr tudo bem :)
Que absoluto absurdo a educadora ter dito que a menina é racista… por favor!!!!!!!
A Caetana não estava (imagino) foi confrontada co algo diferente e reagiu com distanciamento… bastará de certeza explicar que há um arcoiris de gente no mundo com cabelo de todas as cores para ela saber que somos todos iguais e não reagir com receio… é receosa, não é racista!!!
Boa sorte!!!
Parabéns pela sua atitude. A ideia da bonaca é excelente. Educar não é ter filhos que não falham, mas sim atuar quando a falha acontece.
No entanto, acho sinceramenteque racismo nestas idades não se aplica. Pode estranhar a diferença ou até mesmo não simpatizar com a menina.
Antes de tudo, acho que foste corajosa em escrever sobre um assunto tão delicado, e podem-te apontar muitas coisas, mas falta de realidade e verdade não é uma delas. parabéns por não floreares a realidade quando ela é mais triste.
quanto ao tema, não acho que se possa dizer que uma criança dessa idade seja racista, porque ainda não tem idade para ter exactamente esse tipo de preconceito. Ela simplesmente achou estranho a diferença e não a conseguiu assimilar bem. O contacto com a boneca, com desenhos animados, com outras crianças serão, sem dúvida, facilçitadores e, caso ela fale, explicar-lhe que há pessoas de todas as formas e feitios e mostra essa diferença mesmo na vossa família. ela própria tem um cabelo diferente de todos os outros aí em casa e mostrar-lhe que isso não é problema. Sem dramas Ana, a tua pequena não é racista.
Faço minhas estas palavras. Ainda nos brinquedos, pode usar também o exemplo da Dra. Brinquedos, não sei se ela vê.
Ana,
gostava sinceramente de a felicitar por abordar um tema tão sensível e não tentar esconder comportamentos que não aprecia tanto na sua filha.
Sabemos que a vida não é cor de rosa e a Ana no seu blog mostra-a nas suas várias tonalidades – e também na cor de chocolate ;)!
Aprecio muito a sua genuinidade!
Um beijinho
Querida Ana é por estas e por outras que gosto de acompanhar o blog! You go super mom! <3
Um beijinho,
Filipa, Be Small Play Big :)
Só um último reparo, assim como raças não existem, o termo mulato é depreciativo. Não a estou a criticar, a maioria das pessoas utilizam este termo sem saberem o real significado. O termo é mesmo negro/a.
Ana, Parabéns pela escolha deste tema! Sem dúvida que as crianças reconhecem a diferença, mas cabe aos pais/educadores fazê-las compreender e aceitar essa diferença, seja ela qual for. Considero importantíssimo que as escolas integrem a diferença, essas para mim são as verdadeiras ESCOLAS, porque o respeito pelo próximo, assim como o respeito pelos animais, deve ser incutido desde muito cedo…
Bom dia Ana, acho um termo tão forte para uma menina de 3 anos. Ler livros com personnagens de nacionalidades/caràcteristicas diferentes também pode ser uma ideia.
Boa tarde. Também tenho uma filha que como a sua era "racista" e tal como você fez comprei-lhe bonecas negras. Com o tempo foi aceitando as diferenças e não só as da cor da pele e tem um sentido de justiça muito apurado. Há muito pouco tempo é que soubeda boca dela(agora com 18 anos) que ela naquela altura pos as bonecas no lixo. Actualmente é uma pessoa perfeitamente adaptada a essa diferenças, sejam elas quais forem.
A sua filha é uma criança perfeitamente normal que reage à diferença. Aqui a única questão é que este comportamento revela que no circulo intimo familiar, e rede de amigos, esta criança não convive com pessoas diferentes. Porque se fosse o caso não estranharia a aparência desta menina, e aceitaria normalmente como aceita outras crianças loiras. Analise a sua rede social e confirme se convive de uma forma mais próxima com pessoas com algum tipo de deficiência, de raças diferentes, e etc..
Não somos obrigados a ter pessoas diferentes no nosso circulo mais intimo, se a nossa vida não proporciona isso. Mas no entanto é reveladora de algo. Viajar e conviver de facto com outras culturas é muito bom para abrir horizontes e aceitar o outro como igual.
Ana faz nos sempre impressão quando nos dizem coisas sobre os nossos filhos que aos nossos olhos seriam impensáveis.. mas estiveste tão bem nesta abordagem!! É normal os miúdos encararem ao princípio a diferença com estranheza e cabe-nos a nos dismistifica-lo.. Parabéns! És mesmo uma super mãe ����
Uma coisa importante que é preciso referir a palavra Racista utilizada por mim no blog não foi a usada pela professora. A professora da Caetana deu-me foi a entender que a Caetana tratava de forma diferente a colega da sala e não só, pela diferença da cor. Relatou alguns episódios e fui eu que usei essa expressão. Não fiquei de todo ofendida com esta chamada de atenção, até agradeço que o tenha feito de forma a tentar com ela corrigir esse comportamento. Não quero de nenhuma forma que seja mal interpretada, pois está a fazer o seu papel e muito bem até aqui.
Obrigada a Todas pelas várias sugestões de como dar a volta e de como poder lidar com ela :)
Bjs a TOdas
Assim já me parece uma situação mais normal, confesso que fiz logo um péssimo juízo de valor da educadora da criança:)
A Ana é a maior! Very nice, se é forte o termo ou não não importa. Não custa pegar neste exemplo e fazer dele uma bandeira para a educação dos nossos filhos.
Não me leve a mal, e esta questão serve para todos os não racistas, que reação teriam ao verem os filhos(as) a namorarem com alguém de uma raça diferente. Essa sim é a grande questão! Bjs de múltiplas cores
Ana, venho só dizer que acho que lidou lindamente com a situação. E não acho nada errado que a educadora a tenha alertado para este facto, pois se não o tivesse feito a Ana nunca saberia do que se estava a passar e não poderia trabalhar com a escola para ultrapassar a questão. Ninguém disse que a miúda era racista, ora essa, a Ana é que usou a palavra entre aspas no título, e bem, para explicar a situação. E claro que ela não é racista, nem sabe o que isso é, felizmente, só que provavelmente nunca conviveu com ninguém de outra cor e reage à diferença. Acho que é normalíssimo e deve, sim, ser trabalhado. Mas compreendo que a Ana não tenha gostado de ouvir, eu também não gostaria, até porque a educadora poderia pensar que eram coisas que vinham de casa, e isso, claro, seria péssimo e não sendo o caso a pessoa passa um bocado de vergonha! Percebo-a perfeitamente. Conto-lhe uma anedota sobre a minha mãe que, quando era pequenina da idade da Caetana, recebeu uma bonequinha mulata e ficou infelicíssima e a dizer a chorar que a boneca era "pêta" LOL isto porque nós, humanos, também somo animais e somos atraídos pela semelhança. Ela queria ter uma boneca parecida com ela :) E garanto-lhe que se tornou uma jovem e depois adulta sem nenhum resquício de racismo ;) boa sorte, educar crianças é um trabalho contínuo e difícil, mas também o mais gratificante do mundo, certo? :)
;) atenção que coloquei entre aspas por sugestão para não ser tão forte, inicialmente não estava.
Parece me que a reacção relativamente a uma criança de cor, seria a mesma em relação a um criança "especial", ou simplesmente diferente dela, ou da realidade que ela conhece. Para mim, sempre abordei como "aquela menina/o" também gosta de saltar á corda como tu, sabes qual é a comida preferida? a mesma que tu! sabes o que mais gosta de fazer nas férias? tomar banhos de mar como nós!…
De que marca é a Vaiana?
Disney :)na loja da Disney tem.
bjs
Vão esgotar com este post lindo!
Anónimo das 15:39, de manhã o texto estava diferente e referia que foi uma expressão da educadora. Felizmente a ana já fez a alteração do texto ;)
Eu sei perfeitamente interpretar português :))
Tente perceber melhor.
Aconteceu comigo, na mesma idade.
Sabe porque é que eu não sentava ao lado nem dava a mão?! Porque eu pensava que o menino estava sujo!!! Isso mesmo! sujo!
Eu achava que se desse a mão eu ia ficar com a mão castanha! Até que me explicaram que a cor "não saia". Depois disso passei a ser amiga do menino! Eu tambem tinha 3 Anos.
Boa sorte! Um beijinho
Querida Ana,
Sou professora e acredite que lido todos os dias com o preconceito.
Não se esqueça de uma coisa: que apesar de a educação ser exatamente a mesma, SOMOS TODOS DIFERENTES. O que resulta com uma não tem necessariamente que resultar com a outra. Aliás, dentro da sala também como professora não posso agir com todos da mesma forma. Entende o que quero dizer?
Apenas que não podemos prever certas coisas. Só ir tomando as atitudes que achamos mais corretas para criarmos cidadãos conscientes, responsáveis e, sobretudo, felizes! ❤️
PS-adoro o seu blog! Um beijinho ��
Ana,como mae de uma menina "mulata", que como disse aqui alguém é de facto um termo depreciativo(feliz ou infelizmente,pouca gente sabe o verdadeiro significado), claro que me custa saber que meninos tao pequenos tenham estas reaçoes. Mas de facto talvez possa ser por falta de convivio com pessoas de outras origens.Sim, porque dizer "pessoas de cor" leva a pensar: cor,mas qual cor? Cor de pele? Mas qual pele? Há que repensar os termos que utilizamos. Quando a minha filha tinha 3 anos houve um menino da sala que disse que os meninos castanhos nao podiam brincar com um determinado brinquedo. Quando ela me contou..bom, nao sei explicar, pensei que nao ia responder por mim com reaçoes destas. Mas a educadora dela, fez uma coisa muito interessante. Retirou todos os meninos castanhos da sala e perguntou se ele já nao os queria. É claro que ele disse que os queria, o que mostrou claramente que o que disse foi algo que ouviu de alguém. Fez ainda mais: pintaram a cara com outras cores para perceberem que apesar de a cor ser diferente , eram os amigos de sempre, com quem brincavam, eram iguais.Com o temo,a Caetana vai perceber.Parabéns pela coragem de falar disto e a Vaiana é linda!
Parabéns Ana pela forma como encarou e lidou com a situação. Espreite a ideia de uma marca que criou lápis que ajudam a acrescentar a paleta de cores para a 'cor de pele': "As caixas de lápis de cor têm vários tons de verde, azul ou laranja. Mas, quando uma criança pede um lápis ou giz cor da pele, as opções ficam mais restritas, com as cores rosa e bege. A questão é: essas são as cores da pele de quem?" (http://www.vix.com/pt/bdm/comportamento/de-que-cor-e-o-lapis-cor-de-pele-marca-quebra-preconceitos-e-cria-12-cores-de-pele)
Ana Varela, onde posso encontrar esses lápis?