Últimos testes
Final do ano, testes e a minha paciência para estudar com a Carlota fica tão abaixo de zero que até me faz confusão. Se dizem que mães e filhas passam o tempo às “turras” e eu pensei que ainda ia demorar, chego cada vez mais à conclusão que chegou e, ou eu deixo de estudar com ela algumas disciplinas, ou acabamos as duas a “calmantes” e a “odiarmo-nos” uma à outra (eu sei que é uma palavra forte e que será um sentimento que não vai passar da escrita, mas isso passa-me pela cabeça sei que pela dela também, nem que seja por segundos ou minutos).
Esta miúda consegue irritar-me ao ponto de eu fechar o caderno e dizer que não estuda e vai sem saber. Com 9 anos ainda há muita coisa que é para decorar e sempre que o teste é estudo do meio, sociais ou naturais o caldo entorna e os finais de tarde são piores que a passagem de um tornado.
Odeio como a trato, odeio como ela me responde e odeio todo o sentimento que fica cá dentro. Chegam a ser 3 horas de um pesadelo.
Não me sinto má mãe por isto, ao contrário de outras vezes e em outros casos, sinto uma falta de controlo e uma raiva gigante com a situação que não consigo descrever por palavras. Um mix de frustração, de impotência, intolerância e tristeza.
Já tentei de tudo (ou quase). Já foi sem estudar para perceber que chegar ao teste sem saber fazer por falta de estudo, é mau. Já estudámos depois de umas 3 horas no limite entre lágrimas e muita irritação. Já foi a estudar à sua maneira sem lhe fazer perguntas, mas cada vez que há novo teste tudo se repete :(
Eu sei que estamos nos últimos testes e que em poucos dias chegam as férias e vai haver uma grande pausa nestas cenas horríveis que só quero esquecer, mas depois, para o ano, volta tudo igual e eu só de pensar já tremo.
Eu não estou a acreditar que pode começar por aqui uma má relação entre nós, mas o olhar enraivecido dela e o meu, não me saem da cabeça :(
Fica com uma cara mais feroz e com as garras mais afiadas do que a do tigre da T-shirt da Maria Gorda
♥
Cacomae no Instagram @anadominguezlemos
Credo! Até me arrepiei… a criança anda no terceiro ano!!! Lá precisa de estudar três horas!! (Sim, tenho três filhos que já andam no liceu e nunca lhes fiz passar semelhantes tormentos!!!)
Ainda bem que conseguiu e adorei a ajuda!!!!
Não era para ajudar, aliás não me parece que os comentários sirvam para isso! Não fui eu quem “conseguiu”, foram e são eles! Isso que está a fazer com a sua filha só serve para criar dependência e problemas na sua relação com ela. Os pais podem e devem supervisionar os tpc e se os filhos estudam, não fazer maratonas dessas! Quando chegar ao secundario como é?
E se arranjar uma explicadora?
Alguém que ela não tenha tanta confiança..
Também tenho uma filha da mesma idade no 3 ano.. as vezes não tem muita paciência para estudar. Mas ela é muito orgulhosa e morre de vergonha e medo de não ter boas notas. Então é mais fácil de se levar..
É uma hipótese e a que outras pessoas que conheço optaram, mas andava a evitar por achar cedo :(
Bjs
E é cedo Ana, a minha tia é coordenadora de uma primária e não é adepta dessa decisão.
É tudo muito giro, estas respostas, sem conhecimento de causa. Cada criança é uma criança. Não digo que seja o caso da filha da Ana, mas o meu filho tem problemas de défice de atenção e tem de ter apoio escolar fora da escola. E sim tem explicações anda no 2º ano e pago 160€/mês (crucifiquem-me já), porque felizmente posso. E tem ajudado bastante. Por isso antes de se atirar para o ar que é uma má decisão porque A ou B pensa e diz, deve se ajustar à realidade de cada criança. Ana entendo-a mais que bem. Não se sinta mal, é uma ótima mãe, quase todas passam por isso. Um beijinho (nos também vamos aprendendo e crescendo com eles) <3
Explicação no 3º ano?! Credo!
Quando chegar ao secundário fica a dormir na explicação. Que tal deixá-la ficar autónoma? É o 3º ano, por favor.
Ana, acho que melhor do que estudar com eles, é ensina-los a estudar. Criar rotinas, deixa-los gerir materias e horarios. Estudar com eles so vai habitua-los a ter uma “bengala”. Tenho um filho no primeiro ano e outra no quinto. Nunca estudei com eles e sao eles que se organizam. Sei os testes que vao ter, peegunto sempre como estao em relacao a este tema ou aquele, mas nunca me sentei a estudar ao lado deles. O maximo que fiz e faco qd me pedem, é comprar livros de exercicios, corrigir algum texto ou apresentacao e pouco mais. Em epoca de testes reduzo os programas de fim de semana e nao combino nada sem saber se têm disponibilidade para ir ou nao. Têm de ser responsaveis e autónomos, na minha opiniao. As consequencias, boas ou más, sao deles. Nao lhes exijo nada. So lhes explico que quanto melhores forem os resultados, mais oportunidades terão no futuro. E isso tem bastado. Nao se enerve com ela. Nao é bom para nenhuma das duas e só vai assiciar emocoes negativas ao momento do estudo. Sao essas memorias que ela vai levar para o futuro dela. E olhe que ainda têm muitos anos de estudo pela frente… bjs
Obrigada Susana e a verdade é que nas vezes que é ela que estuda por ela e da forma dela nos irritamos menos. Estes por serem os ultimos testes pediu-me para lhe fazer as perguntas a ver se sabia e correu mal :(
Tem razão ;)
Bjs
E que tal começar a pôr acentos quando necessários?
Com um filho no 7º e outro no 6º ano, cá em casa é igual, nunca estudei com eles só os ensinei a estudar e a criar rotinas. Conclusão, quando a matéria é para decorar, um estuda a fazer resumos e o outro lê a matéria do livro já que acha um desperdício de tempo fazer resumos. No que diz respeita a matemática ambos estudam da mesma maneira, fazem exercícios. Também reduzimos os programas de fim de semana em altura de testes.
Bj
Catarina
Um aluno regular não precisaria de 3 horas de estudo.
Diminuir os programas e responsabiliza-lá pelo seu próprio estudo, recordando-a que é uma estudante profissional
As 3 horas é com mais de metade do tempo sem ser a estudar, daí o problema. É com ela irritada, é comigo irritada, é comigo a dizer-lhe para voltar a reler e ela a dizer que não…ou seja são 3 horas mas não de estudo o que torna estes dias tão horriveis. Ela nem traz assim tanta matéria. O normal seria 1 hora e não mais.
Não percebo como é que as pessoas perceberam pelo seu relato que eram 3 horas super produtivas…😂
Falta de interpretação!
Olá Ana, aqui por casa e agora com os baby’s twins, a minha vontade é abaixo de zero…. A solução que encontrei foi comprar um caderno para casa, onde faço perguntas com desenhos e canetas de várias cores…. De gel glitter e vai fazendo aos poucos. Mas como acho que pasaam. Demasiado tempo na escola… Só faço pouco tempo…. Na semana antes vou perguntado no carro a caminho de casa, mas de modo a que ela não perceba qque estamos a estudar…. Faço com que ela me ensine… Ihih I e olhe que eu sou professora mas faço me de distraida…. Ihihi. Boa sorte para o próximo ano…. Bjnhos
Não podia deixar passar a oportunidade de comentar um assunto tão complexo e delicado como o ensino actual.
É dos temas que falo no meu livro Pontapés nas Dificuldades. Como mãe que sou, de a menina de 9 anos, conheço perfeitamente os programas e matérias completamente desajustadas ás idades, cujo objectivo reside em cumprir metas curriculares. Há matérias que são uma aberração, completamente inúteis na formação do futuro jovem. Matérias que são estudados ao método autoclismo, num enche e despeja, só para alcançar a boa nota. Actualmente, a minha filha têm quase o dobro de carga horária que a eu tinha na mimha geração e os pais trabalham mais horas. Aqui está o cerne da questão, por onde deveria cpmeçar a mudança.
Olá Filipa, neste caso não acho que seja isso. Eu tenho a sorte de poder começar o estudo com ela cedo e ela nem traz assim tanta matéria. Acho que tem a ver com feitios, com paciencia e com métodos e possivelmente neste dar mais voto de confiança nela propria pode resultar. Alguns comentários em cima ajudaram a perceber isso ;)
Obrigada
Também acho que pode ser por insegurança da Carlota! Se calhar já se mentalizou que não é capaz. Era o que me acontecia a mim! Tente trabalhar a auto confiança e explorar aquilo em que ela consegue destacar se e ser realmente boa!
Exatamente o mesmo sentimento. Tenho uma filha com a mesma idade e revejo-me integralmente no que descreveu. Quero acreditar que é falta de maturidade e quando derem o salto tudo vai serenar.
Obrigada pela partilha.
Beijinhos
A minha tem 9 anos e é igualzinha excepto no responder mal) detesta estudar (português, não tem cuidado a escrever e por isso escreve com uma letra terrível e erros tontos. Têm uma letra linda mas e é mesmo por falta de vontade. Quando é inglês, estudo do meio e matemática até corre bem porque são disciplinas de que gosta mas o português é para esquecer. Aqui na sexta foi das 17 às 20h30 para fazer os TPC e eu depois corrigi e é este tempo todo porque liga o modo preguiça e “engonha” o máximo possível…. Já tive fases que me zangava mesmo porque ela sabe tudo e não faz apenas porque não gosta de estudar e não lhe apetece e isso mexe comigo e uma forma pouco saudável. Não adianta ralhar, falar 350 vezes que quanto mais rápido fizer mais depressa vai fazer o que gosta, se se esforçar para fazer bem à primeira não tem que repetir quatro ou cinco vezes o mesmo exercício, que tem que ter brio nos trabalhos, que tem que fazer o melhor que sabe… Quando liga o modo amuado e preguiça não adianta. Uso o truque dos elásticos no pulso e cada vez que me começo a inervar respiro fundo e digo para mim mesma “faz parte do crescimento e eu dou adulta”. Vi que não adiantava chatear-me, zangar-me, por de castigo… As professoras dizem que ela irá amadurecer e tornar-se mais responsável, até lá temos que ter paciência. Tento aplicar o mesmo nas outras áreas porque também tenho que relembrar-lhe todos os dias quais são as tarefas dela, pedir 7-8 vezes até que faça… É uma cabecinha de vento mas também é a coisinha mais doce e meiga que tenho
Olá Ana,
Passei pelas mesmas dificuldades a estudar com a minha mãe, e ficava frustrada quando ela ficava frustrada. Nunca gostei muito de estudar, porque para mim não era divertido, nunca foi, colava tudo com cola para os testes e depois varria-me tudo. Em miúda tive de parar de estudar com a minha mãe porque todos os dias acabávamos à “batatada”. Poucos eram os dias em que corriam bem os dias em que ela me ajudava.
Mais tarde percebi que me ajudava estudar em sítios fora de casa, como por exemplo na praia. Se fosse preciso ficava a estudar 5h seguidas, porque faz falta não estar sempre fechado entre quatro paredes.
Mesmo sendo pequenina, talvez fosse interessante tentar estudar noutros locais que não o quarto, pois também a Carlota pode começar a ficar stressada só de pensar que tem de se sentar na cadeira e estudar. A música talvez ajude também. Eu sou muito desconcentrada e a música sempre me ajudou a focar no que estava a fazer.
Beijinhos
Olá Ana! Eu tb tenho um filho de 9 anos e também não consigo estudar com ele…As vezes que tentámos nunca correu bem. .Eu perco a paciência com a distracção dele, ele fica irritado com a minha reacção e aí é que já não consegue pensar e entramos num círculo vicioso. ..horrível. Agora deixei de o fazer..Ele faz os trabalhos de casa eu apenas corrijo se ele me pede..Sempre insisto com ele que o mais importante é estar com atenção e fazer o melhor que sabe…acho q corre bem..Temos q relaxar um pouco, confiar neles e não os pressionar demais..
Ana estou triste com este post! Que sentimentos tao feios e que descrição tão feia em relação a uma criança que ainda mal entende estas obrigações de estudar! Fiquei triste e sem vontade de continuar a seguir o blog.
Claro que é triste e tem toda a razão em pensar que são sentimentos feios, daí não me sentir bem cada vez que acontece!!!! Mas é verdadeiro, não tenho de esconder…e nao levo a mal que deixe de vir, faça o que entender será bem vinda de novo, mas não pense que o seu julgamento e o seu comentário foram melhores do que os meus pensamentos ;) Acredite, espero nunca ter de passar igual, mas pode ser que um dia se lembre de mim e deste post.
Bjs
Oh meu Deus que tragédia. .. tenha dó .O que a Ana descreveu passa se em milhares de casas por esse país fora. Somos um país de gente indignada. Enfim.
Olá Ana! Leio o seu blog desde sempre, mas realmente acho que se desvirtuou e se deixou ir na onda da publicidade de uma forma absurda.
Seria importante antes de tudo, estudos, irritações, tentar perceber se faz sentido um desabafo destes seguido da marca de t shirt que a sua filha veste?? Ou faz isto de uma forma honesta (séria no sentido de ter mesmo quem se identifique) ou então, valerá a pena?
Lancei o post sem a marca da t-shirt e em dois minutos recebi um comentário a perguntar de onde era porque alguém tinha gostado, acrescentei porque achei que seria útil a outras pessoas sim ;)
Ola Ana! Tenho um filho de 11 anos e uma filha de 7, a menina è muito mais responsável e briosa do que o menino. Agora com 11 anos já olho para trás e vejo as diferenças, revejo-me completamente no seu “inferno” aliás para mim o primeiro ciclo do meu filho foi um verdadeiro terror… eram muitas vezes horas a “estudar” grande parte do tempo a desistir e a persistir… Se lhe serve de consolo, e a sua menina dificilmente será pior do que o meu filho, vai passar, vai crescer e vai perguntar-se de onde veio toda esta inteligência e responsabilidade. A sua “teimosia” vai dar frutos e vai ter orgulho no seu esforço e principalmente no da sua menina, pois para eles, enquanto ainda são imaturos, também è muito violento. Beijinhos
Ana, não faça isso. Conheço bem o sentimento, pois já passei pelo mesmo. Deixei que as metas tomassem conta dos serões lá de casa, com muito mau ambiente. Arrependo-me muito. Depois percebi que não podia ser mais. A minha filha faz os TPC numa hora e meia, no máximo, depois disso, acabou. Vão por fazer. Três horas de estudo, desculpe, mas não há criança que tenha concentração para isso. Quando há muitos TPC ao fim‑de‑semana, em altura de testes, deixo o sábado para os “irmos” fazendo ao longo do dia, sem pressões e quando a disposição está melhor. Também recomendo um explicador, sim, para dar algum um apoio semanal. Com pessoas fora da família a coisa corre melhor. Boa sorte. E relaxe.. Mais vale uma nota menos boa do que uma relação mãe-filha afetada.
Olá Ana! Percebo o seu sentimento de frustação, incutir hábitos e métodos de trabalho é sempre o mais difícil mas é no primeiro ciclo que estas estratégias são trabalhadas. Recomendo um pouco mais de calma e talvez distribuir o estudo pelo fim de semana. Por aqui, nas semanas de testes ficamos relaxados em casa, assim temos tempo de estudar, brincar, descansar e não fazer nada. É sempre o que recomendo. O stress de assimilar conhecimentos e cumprir rotinas de saídas com família normalmente não funcionam. Mas cada família sabe de si. Só não recomendo de todo um explicador. A autonomia deve ser trabalhada.
Boa noite. O que eu acho que se passa aqui é uma mulher a tentar ter cabeça de professora (nos dias de hoje que remédio), e outra com um coração e amor de mãe, e falo por experiência própria que as duas juntas não funcionam… O que a Ana acabou de descrever aqui foi e é o que os pais de hoje em dia passam para tentar preparar os filhos para um futuro onde o ensino passou a ser uma competição nem sei bem explicar de o quê nem porquê, mas se fosse a “esmiuçar” bem este assunto eram 3horas sobre 3horas, mas deixemos isso para outra altura. Ana passei o mesmo com a minha filha mais velha no 1o e 2o ano do ensino básico e se foi mau, foi horrível, quanto ás pessoas que não entendem muito bem o porquê de tanto “dramatismo” (não querendo julgar ninguém), acho que não se devem de ter dado muito ao trabalho de procurar saber em que “estado” se encontra o ensino e as suas metas curriculares ou então têm medo de assumir que nós (pais e mães) não somos nem de perto nem de longe a perfeição na 1a, 2a ou mesmo 3a pessoa… e acho que já chega de desabafo. Ana obrigado por ser tão sincera e dizer o que a maioria pensa e tbm faz mas não quer admitir. Beijinhos e vai com toda a certeza encontrar o ponto de equilíbrio para si e para a(s) sua(s) menina(s), beijinhos…
Também por aqui as coisas não corriam muito bem qd estudava com o meu filho. E sou professora portanto estudo diariamente com outras criancas e gosto. Acabei por inscreve lo numa sala de estudo, para ganhar mais autonomia e agora só estudo quando há testes com o método de lhe fazer perguntas na cama. Já anda no 6ano.
Com o mais pequeno agora no 1. ano e não querendo voltar ao mesmo, faz tudo ou quase tudo sozinho!
Portanto o problema muitas vezes está em estudar com a mãe por existir muita confiança
Olá Ana. Tenho de concordar com todas aquelas que referiram que não é grande ideia estudar com os filhos. Pelo contrário, é importante ensiná-los desde o 1º ano a serem autónomos no estudo, a terem objectivos e brio no que fazem, sem que o estudo seja para eles apenas uma “tortura”. Aliás, não houve um único dia na minha vida em que os meus pais se sentassem a estudar comigo (isto sem nunca me faltar apoio… sempre se preocuparam imenso com as minhas notas e sempre estiveram disponíveis para me tirara qualquer dúvida que eu precisasse, depois de eu própria ter pensado sobre ela) e tenho cá para mim que fui a aluna que fui (excelente da primária ao douturamento, ao contrário dos meninos que até eram bons alunos enquanto os pais tinham capacidade para estudar com (ou será melhor dizer por) eles e que foram caindo à medida que os anos passram) precisamente pela forma como os meus pais sempre lidaram com os meus estudos. Com os meus filhos pretendo fazer o mesmo. Para já, com a mais velha no 1º ano, tem resultado lindamente. Faz os TPC sozinha, estuda sozinha o que achar que tem de estudar (nunca mais de 30 min e não é todos os dias, nem perto disso), é super responsável e perfeccionista (isto é feitio… não tenho a certeza que a irmã vá pelo mesmo caminho) e tem notas excelentes. Não a obrigo a estudar. Não me passaria pela cabeça sentar-me a estudar com ela (não tenho tempo, nem disposição para isso, para além de achar prejudicial), da mesma forma que não me passaria pela cabeça negar-lhe ajuda quando precisar. Pela minha experiência, acredito que vai resultar assim.
Olá, Ana,
Há já muito tempo que não passo cá! Estou na reta final da licenciatura e é um stress.
Li o seu desabafo e, sinceramente, não me parece que seja por isso que irão ter uma má relação. Porque se fosse por aí teria de ser em diversas atividades do dia a dia e não me parece o caso, vocês são muito ligadas.
Mas infelizmente nem todas as pessoas tem essa sorte…
Contudo, a minha dica é a de a deixar estudar sozinha. Eu nunca consegui estudar com o meu pai. E a minha mãe era mais liberal e meiga e também não estudava com ela. Enfim, sempre fui baldas e não gostava de estudar, portanto desenrascava-me sozinha à minha maneira. A minha personalidade é forte e sou determinada. Pelo que percebo a Carlota também é, portanto é a melhor decisão a tomar. Deixe que seja ela a pedir-lhe ajuda.
Beijinhos e espero ter ajudado com a minha parentalidade em protótipo.
Ana, a minha mãe sempre teve necessidade de estudar com o meu irmão e comigo não. O cenário era igualmente dantesco como o que escreve… é minha opinião que a relação deles saiu muito mais fortalecida devido aos momentos intensos que passaram. Muita coragem e presença de espírito! Não “atire a toalha ao chão”!
Beijinho***
Olá! Este é o primeiro post que leio do seu blog, gostei bastante por me parecer tão real. A minha escola primária não tinha testes, pelo que comecei a estudar mais a sério no 5o ano. A minha mãe estudou muito comigo durante o 5o e 6o ano, e no verão antes do 7o pedi-lhe autonomamente para passar a estudar sozinha e ver os resultados. Mantiveram-se, e fui sempre aluna de 5 a tudo até acabar o secundário com média interna de 19. Se não fosse a minha mãe naqueles 2 anos, e depois disso sempre que eu lhe pedia ajuda (o que não era frequente), sei que estas notas não teriam acontecido. As crianças não aprendem a estudar sozinhas, e parece-me que na maior parte das vezes a escola não lhes ensina isso. Por outro lado, lembro-me das guerras que tinha com a minha mãe na altura do estudo… e com o meu irmão era pior ainda. Com ele, o estudo acompanhado foi até mais tarde. Cada criança é diferente e precisa de ajuda em pontos diferentes, e a mãe será a melhor pessoa para saber onde é preciso apoiar mais, e até quando. Não deixe de a ajudar no estudo, sobretudo se ela pedir. A parte emocional custa muito, mas vai dar muitos frutos. Não só nos resultados, mas na disciplina e estratégias de estudo, prioridades e organização da cabeça. Se conseguir, tente encontrar estratégias que tornem o estudo mais divertido (jogos e experiências, por exemplo) e faça pausas de forma a que ela nunca tenha de estudar mais de 50 minutos seguidos. Boa sorte, vai melhorar! :)
Olá Ana, fica aqui o meu conselho…percebo perfeitamente o que descreveu, porque tive 3 filhas e sei que não são todas iguais. a mais nova tem agora 11 anos! Excelente aluna mas houve uma fase que também passámos por uma fase menos boa …a solução acabou com a compra dum quadro do IKEA, em que eu a ensinei a fazer tipo esquemas da matéria etc e depois dela estudar, chamava-me para fazer revisão, e brincávamos tipo às professoras, percebe??? ainda agora, final do 6º ano, com excelentes notas e eu super stressada (muito mais do que ela), porque fico sempre com a sensação, e se ela não souber??? etc.etc, sabe o que fiz nestes últimos testes?? perguntei se precisava de ajuda, quando ela me dizia que não…desligava (e se me custou, porque nisso sou exigente demais!)…resultado, as notas foram boas na mesma e não houve esse desgaste da relação que descreveu e que muitas de nós sabe bem o que é…o meu conselho é: comece a desligar para ela sentir por ela se precisa ou não da sua ajuda e assim não desgastar a v/relação…relaxe qua ainda só está a falar duma criança do 3º ano…guarde a sua energia para mais tarde! acima de tudo precisam de sentir que elas é q têm de ser responsáveis pelos seus estudos! se correr bem, tudo bem, se não correr bem…logo se vê!!! Bjs
Ana, como a entendo…. O meu filho está no segundo ano e vivi este tormento desde que entrou no primeiro ano. Eu e ele ficávamos de rastos, e tal como a Ana, não conseguia esquecer nas horas seguintes o olhar dele, as lágrimas dele… Ficava de rasto de triste e com raiva de ser assim.
Este ano consegui mentalizar-me de respirar fundo, mesmo quando parece que fervo por dentro e me passam cada pensamento inimagináveis (de que chego a ter vergonha..) na cabeça. Este ano letivo prometi-lhe a ele e a mim que as coisas iam ser diferentes, que não haveriam berros nem cadernos a voar, nem ameaças… e ele acreditou em mim e conta comigo, com essa promessa, e isso agora para mim é tudo. LE ACREDITA E ESPERA ISSO DE MIM, CONTA COM ESSA PROMESSA E EU DO MEU LADO CONTO COM ELE COM A SUA DISPONIBILIDADE E ATENÇÃO. E quando as coisas começam a correr mal… paramos e voltamos minutos depois depois de respirar fundo, depois de mimos.
Também tento ajudá-lo criando um ambiente menos “tenso”, tipo, hoje vamos trabalhar na varanda? vamos trabalhar no chão da sala? no sofá? Crio jogos para ajudá-lo a decorar, mnemónicas com desenhos, faço cartinhas com desenhos e palavras (tipo jogo da memória) (mesmo se não tenho qualquer jeito para o desenho) invento dicas ou canções para ele decorar coisas mais complicadas, e ele gosta destes jogos, e ajudam-no muito.
Nem sempre é fácil é verdade Ana, é muito difícil. Mas cheguei à conclusão de que o que ambos sofremos e as consequências dos berros, das lágrimas, dos amuos, são bem piores do que irem para os testes menos bem preparados. Até é contra producente. Mas até chegar lá e conseguir aceitar isso, é duro e não é fácil.
Por isso Ana prometi-lhe a ele e a mim que acima de tudo está a minha relação com ele. E sei que a Ana também acha isso, acompanho o seu blog, e sei que a Ana cima de tudo sabe muito bem que os seus momentos com as suas filhas são o mais importante, passar tempo saudável com elas, sem a pressão da escola, do estudo, é mais do que tudo. E saber isso é meio caminho andado para conseguir-se progredir e controlar as emoções no TPC. E vai ver, com menos pressão os resultados são ainda melhores. Os miúdos sentem o nosso desespero e acaba por ser pior. Nunca mais me esqueço quando o meu filho chegou a um ponto de nem saber contar os dedos um mais dois, de tão bloqueado e perturbado que ficava com o meu stress :( ! Crie joguinhos para ela sobre um tema, partilhe cartinhas com dicas com desenhos, que leva consigo na carteira e de vez em quando na esplanada ou na praia, sem a pressão dos TPC faça perguntas lights uma ou duas ….Ela vai rir-se vai gostar vai ver. Crie histórias com ela com o que ela tem para decorar.Acho que ela ia adorar isso. As meninas adoram cartinhas, desenhos… e a memória visual ajuda imenso sem tornar o aprender de cor um suplício. A Ana é uma excelente mãe, disso nunca duvide e a sua filha só quer é agradá-la e sofre também por saber que está a desapontá-la. Não empurre isso para explicadores, há tempo para isso, essa fase virá mas não já agora. A sua filha precisa de si. Se tornar as coisas mais lúdicas ela vai sentir que a Ana se interessa e vai partilhar consigo com todo o gosto esses momentos… Coragem… um beijinho grande
Olá Ana, eu já passei por isso e também perdia a cabeça. Comecei apenas a ajudar quando me pediam e a ajuda consistia apenas em fazer perguntas sobre a matéria que já tinham estudado. E quando não sabiam essa matéria, eu escrevia num papel a pergunta e respondiam por escrito. Deixei de ser eu a explicar, porque era aí que acabava por me “chatear”, e o facto de escreverem a resposta, mesmo que a copiar pelo livro, já é uma forma de estudo. Espero ter ajudado. Não se irrite já no 3º ano que a tendência é piorar…
Olá Ana,
Revi-me em tudo o que disse. Cá em casa é igualzinho. O estudo é só na véspera e literalmente arrancado a ferros. O meu filho com 8 anos nunca quer ir fazer fichas, nem estudar. Ensino-lhe algo e passado 20 segundos, ( são mesmo 20 segundos ) ele responde-me de forma errada. Só me dá vontade de lhe mandar um berro… :( ( confesso que já mandei muitos ).
É frustrante porque considero que ele até é espertinho mas apenas para o que lhe convém ( jogos, ipad, playstation,- aí não há dúvidas nem erros ).
Acho q para o ano que vem irei investir numas explicações. Na minha opinião eles levam-nos ao limite porque não se estão a esforçar o suficiente, não estão concentrados, porque estão com a mãe e com a mãe ” é na boa “, dá para estar mal sentado na cadeira, bocejar 40 vezes, deixar o lápis cair 50vzs e pedir para ir fazer chichi, etc…
Fico fora de mim….
Com terceiros é diferente, a postura é outra, esforçam-se, têm aquela “cerimónia” que já não têm connosco…
Acho sinceramente que para o caso dos “nossos” filhos é mesmo o melhor para eles e para a nossa relação com eles…
;) espero ter ajudado.
De uma mãe que passa pelo mesmo tormento e entende tudo o que disse…
Bj
Susana
Gostei do seu post. Sincero Ana!
Tenho 3 filhos, tendo a mais nova 9 anos. Nenhum é igual nos estudo e todos têm métodos diferentes de trabalho que implicam uma maior ou menor intervenção minha. (a do meio tira-me do sério também!)
Mas uma coisa transversal é: Responsabilização e confiança neles próprios.
Se eles desde pequenos não tiverem este principios tudo se complia à medida avançam no percursos escolar.
Os resultados entre eles não são idênticos mas os meus filhos também não o são…
Do meu ponto de vista, o nsso papel aqui ajudá-los com algo que o sistema de ensino não faz: Ensinar Métodos de Estudo.
Tal como disse o Pedro Strech numa confereência sobre isunsucesso escolar a que fui: Quem anda na escola são as crianças, não os pais! Os resulados são deles mesmo com conteúdos desadequados ao desenvolvimento cognitivo. O nosso papel é orientá-los, não estudar com em eles.
Já considerou inscrever a Carlota e mesmo as outras duas meninas num centro de apoio aos estudos?
Nao estou a falar de explicação, existe um centro muito bom que é o 8oitenta, é um centro familiar que faz atividades para toda a familia.
Tambem acompanham o estudo, ensinam a criar rotonas e a auto organizarem o seu proprio estudo..
Nao me singindo apenas à publicidade, mas é um centro que ajuda familias dos oito aos oitenta anos, pesquize no facebook que tenho a certeza que vai gostar do que vai ver Ana.
Eu disse este centro porque o conheço muito bem, mas certamente existirão muitos parecidos por todo o portugal e acho que iria ajudar a sua Carlotinha.
Beijinhos
Que coragem expôr-se assim! Sim, já se sabe, têm que ser autónomos e mimimi! Mas a verdade é que não conseguem atingir o mesmo nível de resultados quando estudam sozinhos até determinada idade. Acho mesmo que se dá a autonomia que a sua maturidade permite!
Por aqui passa-se exactamente o mesmo! Estudo intenso com períodos enraivecidos de ambas as partes. Temos sobrevivido! Estudei com os mais velhos (um a acabar mestrado e outro a iniciar a licenciatura) e, pasme-se, houve um dia em que não necessitaram de mim. Estudo com o mais novo, no 6º ano, e penso que para o ano a minha intervenção será muito menor. Eles sabem que os amamos, mesmo quando temos atitudes menos boas.
Força aí! por aqui ainda faltam 3 testes globais e contamos os dias para as férias!
beijinhos
“Sim, já se sabe, têm que ser autónomos e mimimi! Mas a verdade é que não conseguem atingir o mesmo nível de resultados quando estudam sozinhos até determinada idade.”
Fale por si e pelos seus filhos. Não sei bem a que idade se refere (imagino que ao 1º ciclo), mas eu felizmente nunca tive ninguém a estudar comigo e nunca tirei menos de Muito Bom em nenhum teste em toda a primária. Curiosamente, com a minha filha, neste primeiro ano, tem sido exactamente igual. Poderia dizer que é porque somos super inteligentes, mas não me parece que seja.
De qualquer forma, concordo que isso não vai estragar a relação entre pais e filhos. E não tenho dúvidas de que a Carlota sabe perfeitamente que a Ana a adora, mesmo nesses momentos.
Já passei por isso 2x e sei o quanto custa mas o método que encontrei resultou com os meus, escrever.
Ou seja primeiro fazia-os sublinhar a matéria e depois passavam tudo para papel., com a minha supervisão, no final eu fazia-lhes perguntas e se por acaso falhasse alguma coisa reescreviam o que estava a falhar!
Quanto á matemática, exercícios, muitos exercícios.
De qq modo até á 4ª classe os meus filhos já vinham para casa com os trabalhos e estudo feitos e em altura de testes em casa só dávamos uma revisão, pois a seguir ás aulas tinham 1,30h de estudo acompanhado.
Felizmente ambos tiveram sucesso na carriera académica tanto que os dois mal terminaram os cursos começaram logo a trabalhar na área.
Boa sorte e carradas de paciência!!!
É tudo muito bonito. Todos gostaríamos de “vir” com o disco perfeitamente formatado nesta e noutras matérias, mas esta da nossa relação com o estudo e da nossa relação com o estudo dos nossos filhos dá pano para mangas.
Os meus pais principalmente o meu pai nunca despendeu 1 hora em ajudar nos estudos, mas massacrou-nos durante anos com “ideologias e máximas” que o futuro só seria risonho se estudássemos (tenho 3 irmãs), se disso dependesse sermos melhores pessoas. Estudei como fui conseguindo e mediante as minhas dificuldades fui-me adaptando e criando eu própria alguns métodos de estudo. Tive muitos dissabores durante essa jornada principalmente de frustração por não conseguir os resultados que achava que merecia de acordo com o esforço que fazia. Lá me fui “desembaraçando”.
Tenho um filho e após a primária começou o “fado”, completamente distraído, sem a mínima vontade de aprender e ao longo dos anos com muito pouca maturidade, sempre o fui apoiando, nesse “ping pong” de ajuda e deixá-lo de alguma forma criar os próprios métodos de estudo, que grande parte das vezes eram mil vezes pior que a minha “imposição” ajuda. Sempre com períodos de grandes tensões e ataques de fúria por achar que eu não era capaz de levar esta tarefa a bom porto e com matérias desajustadas e muitas delas sem qualquer interesse foi conseguindo tirar boas notas. Entrou em engenharia mecânica e logo no primeiro semestre “moeu-me” a cabeça que odiava o curso, mimimi que não estava para suportar 5 anos de estudo para depois fazer algo que não gostava. Custou-me horrores, mas coloquei as cartas na mesa e deixei que escolhe-se o futuro, ou continuaria a estudar ou procuraria um trabalho. Optou sem qualquer interferência minha por um curso da Faculdade de Letras e adora. Está no 3º ano. Sei hoje que cometi demasiados erros principalmente na minha intervenção/massacre em relação à forma e ao estudo das matérias em si, no entanto ao mesmo tempo fui-lhe incutindo nas alturas de menos pressão o gosto pela vida, pela história, pelo mundo e principalmente pelo que nós como seres humanos e famílias cheias de defeitos vamos fazendo uns pelos outros.
Ana, a minha é uma história simples, mas aprendi que devem ser autónomos, devemos sempre apoiar, demonstrar a nossa DISPONIBILIDADE para os ajudarmos quando assim o solicitem, sem stresses, sem gritos e pressões.
Beijinho grande neste caminho que com certeza chegará a bom porto.
Ana! Tenho 20 anos e ando numa das
Melhores faculdades de Lisboa! Digo isto não para me gabar, mas a título de exemplo. Quando tinha a idade da carlota, a minha mãe tmb me tentava ajudar mas acaba sempre em berreiro! O melhor e a sala de estudo no colégio, foi o que me ajudou! A partir do 5 ano ganhei autonomia e estudava sozinha! Pedi a mãe parar fazer perguntas a história, mais nada! :)
Olá Ana. Já sigo o seu blog faz algum tempo e já não é a primeira vez que se “queixa” em relação a este assunto. Não, não tenho filhos e nem idade para isso. Sou uma estudante de 19 anos que nunca estava habituada a estudar muito porque apanhava mais do que o suficiente nas aulas. A minha mãe é professora e boas notas sempre foi algo que me foi exigido. Eu sei que talvez existam métodos mais correctos mas porque não tenta fazer lhe alguma espécie de “chantagem” com ela?? Por exemplo, dar lhe alguma autonomia para estudar sozinha e se os resultados forem bons tem algo que quer muito em troca, se forem maus alguma consequência. Eu sei que pode não ser de todo correto, mas isto ajudou me a chegar onde hoje estou!
Acho que deveria mesmo arranjar um centro de estudos e um psicólogo para a sua filha. Esta relação não é normal. Tem que se ter paciência com os filhos. Não é so pôr laçarotes e lavá-las a fazer ski ou piqueniques. Ser Mãe é muito mais que isso.
Entendo toda esta situação, até porque já passei pelo mesmo, mas não concordo que a Ana exponha assim a sua filha. Ela já é crescida, pode ver o seu instagram, assim como as amigas, as mães das amigas e professores. E ver a sua própria descrição exposta a todos pode incomodá-la. Podia falar deste tema, que é com certeza muito comum, mas sem referir a Carlota nem mostrar fotografias de um momento difícil, nem falar de “calmantes” ou “odio”.
Desculpe, é a minha opinião.
Mais uma com uma menina de 9 anos no 3º ano. Esse trabalho frustrante foi todo feito no 1º ano. Teve uma professora que mandava imensos TPC e ela explicou que era para os habituar a trabalharem sozinhos e o facto é que resultou impecavelmente bem. O esforço maior do 1º ano deu frutos e agora no geral ela trabalha sozinha e sem grandes dramas. Já sabe o que tem para fazer e quando e por isso muitas vezes é ela própria que deixa os desenhos animados e vai trabalhar ou basta lembrá-la que ela vai. Até antecipa os TPC que nem são para o dia porque sabe que assim lhe sobra mais tempo. E como trabalha bem normalmente o estudo em véspera de teste é dispensado ou reduz-se a um “passar de olhos” pela matéria. Claro que nem todos os dias são perfeitos e também temos dias de frustração mas aguento estes dias porque estou a ver a evolução nítida na responsabilidade e do método de trabalho e sei que posso ficar mais descansada porque está a adquirir competências para o futuro. E salvo casos excecionais nunca está 3 horas a estudar.
Entretanto fui ler os comentários e confesso que me faz imensa confusão tanta gente falar em estudar no 1º ou no 2º ano. A menos que dêem matéria diferente, as crianças do 1º ciclo só precisam de estudar realmente a partir do 3º ano (estudar no sentido de fazer mais do que os TPC). Se os pais querem ajudar, então apostem em atividades que apliquem a matéria que vão dando, como ler os letreiros das lojas, “pedir ajuda” no supermercado para fazer contas e coisas dessas. Pôr uma criança do 1º ou 2º ano a estudar porque vai ter teste só prejudica. As crianças precisam de tempo lúdico e se tiverem dificuldades na escola não é por estudarem na véspera que vão ter melhores notas. uma criança do 1º ano não precisa de estudar na véspera do teste. Ou sabe escrever e fazer contas ou não sabe. É simples.
Por exemplo, quando a minha filha aprendeu a tabuada do dois fazíamos um jogo no carro que consistia em duplicar números até chegarmos o mais longe possível. Quando ela chegava às centenas de milhar ficava em êxtase. Ou perguntava a que preço ficavam os sumos se estavam com 50% de desconto… é assim que as crianças aprendem.